18/06/2017

O VELÓRIO

Não é pecado o desejo de se chegar à Grande Sociedade. Necessário um derrame da riqueza nacional para nutrir a educação, a invenção e a investigação científica... Até agora, o derrame acontece sobre empresários e políticos, verdadeiros “senhores feudais”. Na fase atual de corrupção sistêmica penso que nossos envelhecidos políticos ainda gravitam no passado, quando o ilícito campeava à solta. A tecnologia eletrônica  produzia vagidos. Milionários reformadores, bombeiros de uma nova era, não têm surgido a tempo de apagar os incêndios. Faltam inteligência, capacidade e moralidade pública para isso. Importa menos conhecer a história política,  a filosofia do estado, ou de detalhes de temas como aristocracia versus socialismo ou contra o anarquismo. Importa é a realidade concreta da arte de administrar.

PARA NÃO CARREGAR O CAIXÃO

Necessário Governo, políticos e empresários alinhar-se numa atuante jornada por reformas estruturais e ações demandadas pelo povo. Cumpre tentar um esforço honesto para acabar com a hostilidade entre democracia e conhecimento. O mesmo que se exige dos profissionais nas diversas áreas deveria ser cobrado dos políticos. Aqui vemos como a educação é essencial. Atingir tal degrau num tempo paralisado e em apodrecimento? Um povo bem educado não elegeria oportunistas broncos. 

A FOTOGRAFIA

Estamos na era do compartilhamento instantâneo de vivências e imagens. Tudo graças ao avanço tecnológico. Foi alterada a essência da fotografia, antes utilizada na espera, para flagrar o acontecido. Ao parar a imagem, mais fácil a sua decodificação. Nesse caso, um tipo de registro que torna a comunicação mais eficiente que as imagens móveis do filme. Agora, colheita direta de mensagens, até as em movimento. Do ano dois mil para cá.  Além de outras inovações. Hoje, todos com um celular nas mãos. Época da velocidade, pressa em tudo... Menos na aplicação da Justiça.

SOLUÇÕES ÀS MÃOS

Administra-se e se executam tarefas sem sair da casa. Ninguém é uma ilha deserta, nem ninguém precisa ser coveiro de provas vivas. Triste quando se está disposto a carregar o caixão.

ACORDAR O BRIO

Velórios acontecem a olhos mortos como se estivessem  vivos. Só não toma consciência do descalabro quem não quer, pelos escusos interesses que tapam o sol com a peneira. Conselho a governo e políticos: ao perder, renuncie. O mínimo a fazer neste tsunami. Não se estabiliza quando é profunda a ausência de legitimidade. Não adianta blindar políticos cuja paixão central é o desejo de não querer saber. Estão fora do apoio popular. Casta política de pessoas em grau profundo de corrupção e desagregação. É possível intuir sobre o que está errado, quando não se atende ao bem comum (este se referindo a necessidades básicas de educação, saúde e sobrevivência). Que se respeite a vontade da maioria. Poucos os que se impõem com probidade.

CHEGA DE POPULISMO

Sobram motivos teóricos e razões práticas para propugnar o que nosso país precisa. O que dá sustentação a um sistema político é a popularidade. Mais do que a jogada dos cínicos, próxima à fatalidade. Não basta a distribuição de cargos públicos e a publicação de emendas. Por trás de atitudes e atos assim – o medo. Radicais ou aventureiros não deveriam bater as asas. Políticos espertos têm em vista a estabilização na anomia. Como ficam se lhes exige explicação sobre o que pretendem implementar? É. De fato o governo está nu. Quem enrola, engana, mente ou tergiversa merece punição, estratégia para uma sociedade rendida.     


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