Imagine o salto qualitativo
que se pode dar no relacionamento humano... Comum que se aja com as pessoas
como se elas fossem objetos ou “massa de manobra”. Quem se sente por cima,
quanto mais poder, sobre bens e informações, maior a tendência de conduzir,
controlar e manipular. O outro vira objeto. Agora, se passarmos a considerar relações,
a coisa tende a mudar de figura. Relações, correlações, contexturas, contextos
ensinados desde a escola primária ajudaria o mundo a sair da mesmice
reprodutiva. Aquela que diz que o inferno é o outro. A gente poderia se tornar
menos algoz, mais compreensivo e capaz de ser solidário e amoroso. Ajudaria na
prática da reciprocidade (sentimento do nós), da reversibilidade (pensar o que
outro pensa), ser mais indutivo do que doutrinário e mandão. Voltaríamos para a
necessidade de não culpar o outro, quando o cego somos nós. Pensar em ondas e vibrações,
e não só nos sentidos materiais do olhar, do ouvir, do perceber concretamente.
Ondas e vibrações teriam a ver com o misticismo de atribuir situações a
“astral” e “energia”. Algo mais científico (ah, ah, ah). A base do materialismo
sendo percebida (não intuída) como elétron (partícula e onda). Praticamente isso
significa a morte da matéria-prima do ceticismo, reverberando para o pensamento
agnóstico. O vago, misterioso, oculto se transforma em campo de provas.
Refletir sobre estruturas cansadas, com novos paradigmas, poderá ser um verdadeiro
salto quântico, não só consolador e desvio do acachapante empirismo. Novas
colheitas para o corpo e o espírito.