Quem diz que fato psíquico não tem peso? Não só tem peso como
preço também.
Hipotiposes ou tuítes, onde, pelo menos, de forma implícita, denuncio
o papel escravizante do número.
Não me dou bem com “ordem”, “sequência lógica”, “quantidades”,
“algoritmos”, “dinheiro” e tudo o mais da mesma espécie.
“Antes e depois” já perderam qualquer preponderância.
A “máquina” como a variável
que se destaca prioritariamente em nosso pensar e agir.
Seja a máquina dos tempos modernos ou a computação digital. Sem o
que nos restariam desvãos do passado mais distante.
Sem a entidade numérica nem existimos como cidadãos, sem trânsito
onde se exige “senha” identificadora de direitos e obrigações.
“Objetivo”, “função”, “meta” fazem parte da mesma categoria
numérica.
“Horas” – tudo pode ser dito até no plural – , “detalhes”,
“preços”, “dias”, “agora” (os advérbios de tempo e lugar), “pouco”, “exagero”...
Juntando o que representam essas palavras inundamos a própria vida
num processo insano.
O “quantum satis” (o que basta) dos remédios para o corpo e a
alma.
Não queremos só a felicidade... Há um plural nessa História (é
mesmo História com agá maiúsculo).
Sem boa dose de pluralismo não se vive como ser social.
Escrevo, desde que não consegui “mais” dormir, por volta das
“três” da madrugada.
Até
aqui nos Tuítes, respeito aos 140 caracteres; além, para o blogspot.com.
“Poética da quantidade”, no Facebook, introduzindo as hipotiposes.
“Madrugada” ocorre num “depois”. Eu, às voltas com “detalhes” de
uma máquina que não “funciona bem”.
Levando a sério estas colocações o “quantum satis” cai bem. Aspas
abrindo e fechando palavras.
O volume de fatos psíquicos, pela quantidade e repetição, pode
gerar entropia pelo excesso de peso.
Pressa, ansiedade, pelo que trava tarefas. O tempo, nosso modus
vivendi.
Fora do tempo é a espera, a paciência, a contemplação, o escape do
sono tranquilo. Confiança otimista,
ritmo normal no respirar e na mobilidade corporal.
Bons sonhos é o desejo. O número fechando anseios e desejos. Menos
cobranças.
POÉTICA
DA QUANTIDADE
Dias
melhores
Ter
ideias, só ideias, sem palavras
Beleza
e moralidade vertidas em pensamentos
De
cento e quarenta caracteres
Frases
reduzidas numa maior
Essencialização
Quando
não se entalha uma coisa
Dentro
de outra
A
manhã vem chegando
Escrevo
num papel sobre números
O
sono não volta
Nem
eu retorno à cama
Fria
noite
Número,
dinheiro...
O tom e o compasso
Há o
grito primal e o ato de matar a fome
Chega!
Treze
ou catorze de junho
Uma
quinta-feira santa
Quatro
horas e meia da manhã
(blogspot.com
5.216 tuítes, 15/6/17)
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