17/06/2017

O QUANTUM SATIS DAS PALAVRAS

Quem diz que fato psíquico não tem peso? Não só tem peso como preço também.

Hipotiposes ou tuítes, onde, pelo menos, de forma implícita, denuncio o papel escravizante do número.

Não me dou bem com “ordem”, “sequência lógica”, “quantidades”, “algoritmos”, “dinheiro” e tudo o mais da mesma espécie.

“Antes e depois” já perderam qualquer preponderância.

A “máquina” como  a variável que se destaca prioritariamente em nosso pensar e agir.

Seja a máquina dos tempos modernos ou a computação digital. Sem o que nos restariam desvãos do passado mais distante.

Sem a entidade numérica nem existimos como cidadãos, sem trânsito onde se exige “senha” identificadora de direitos e obrigações.

“Objetivo”, “função”, “meta” fazem parte da mesma categoria numérica.

“Horas” – tudo pode ser dito até no plural – , “detalhes”, “preços”, “dias”, “agora” (os advérbios de tempo e lugar), “pouco”, “exagero”...

Juntando o que representam essas palavras inundamos a própria vida num processo insano.

O “quantum satis” (o que basta) dos remédios para o corpo e a alma.

Não queremos só a felicidade... Há um plural nessa História (é mesmo História com agá maiúsculo).

Sem boa dose de pluralismo não se vive como ser social.

Escrevo, desde que não consegui “mais” dormir, por volta das “três” da madrugada.

Até aqui nos Tuítes, respeito aos 140 caracteres; além, para o blogspot.com. “Poética da quantidade”, no Facebook, introduzindo as hipotiposes.
“Madrugada” ocorre num “depois”. Eu, às voltas com “detalhes” de uma máquina que não “funciona bem”.

Levando a sério estas colocações o “quantum satis” cai bem. Aspas abrindo e fechando palavras.

O volume de fatos psíquicos, pela quantidade e repetição, pode gerar entropia pelo excesso de peso.

Pressa, ansiedade, pelo que trava tarefas. O tempo,  nosso modus vivendi.

Fora do tempo é a espera, a paciência, a contemplação, o escape do sono tranquilo.  Confiança otimista, ritmo normal no respirar e na mobilidade corporal.

Bons sonhos é o desejo. O número fechando anseios e desejos. Menos cobranças.




POÉTICA DA QUANTIDADE

Dias melhores
Ter ideias, só ideias, sem palavras
Beleza e moralidade vertidas em pensamentos
De cento e quarenta caracteres
Frases reduzidas numa maior
Essencialização
Quando não se entalha uma coisa
Dentro de outra
A manhã vem chegando
Escrevo num papel sobre números
O sono não volta
Nem eu retorno à cama
Fria noite
Número, dinheiro...
O  tom e o compasso
Há o grito primal e o ato de matar a fome
Chega!
Treze ou catorze de junho
Uma quinta-feira santa
Quatro horas e meia da manhã 


(blogspot.com 5.216 tuítes, 15/6/17)

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