Mostrando postagens com marcador Ser responsável ou se utilizar de subterfúgios. O verdadeiro conhecimento. Empolgar-se com a "clareza cortante". A interação dos opostos. Alma e espírito.. Mostrar todas as postagens
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21/05/2015

O QUE É REALIDADE?

A questão parece ser de grande importância. Ao pensar e querer,  até que ponto o ato se refere ao que existe efetivamente? Muitas vezes, prevalecem os nossos desejos, intuições, experiências anteriores, crenças e descrenças. O que ocorre na mente e fora dela, no mundo físico, pode não se ligar numa relação causal. A possível ou provável não correspondência com o que acontece fora de nós chega a nos confundir. O prescrito objetivo nem sempre ganha da criatividade. Pois não acontece de se errar acertando ou acertar errando?
Somos tendentes a repetir comportamentos, em vez de experimentar mudanças, pelo habitual que deu certo, condicionamentos culturais, ou por superstição, compulsão ou motivos ignorados.
Não confundir a capacidade de observar, improvisar, com o desconhecimento técnico e científico. Outra coisa é a ignorância. Ocorre ainda a responsabilidade que se recusa, e mesmo a pilantragem. Intuição, como papel decisivo, para artistas, cientistas e pessoas comuns, se inclui nesse espectro. Fora da razão, muitas vezes, a pessoa não sabe que sabe. O muito elogiado vangloria-se com o acúmulo de acertos. “Sabe com quem está falando?”, frase que denota egolatria. A soberba é fraqueza de todos nós. Em uns mais, em outros menos. A consequência é não entender a força dos que parecem fracos... Um vexame.
Não me empolga a chamada “clareza cortante”, ou as “ideias claras e distintas” de Descartes. Em geral ficam suprimidos a complexidade, as incertezas, a dinâmica dos antagonismos, a interação dos opostos. Tende a aparecer o medo ordeiro de decifrar o que não se compreende. Pode ocorrer a obliteração da história dos outros. “Clareza cortante”, que não passa de fachada para camuflar objetivos de vantagens pessoais. Abaixo da superfície da denúncia comum o espírito de negação.

E a própria atitude sufocante e doutrinária? Pretender de forma abrupta a reforma das pessoas e do mundo? Será que é quando esquecemos do que temos de mudar em nós? Face à alma e ao espírito, sempre somos mais uma coisa do que outra? É através da alma que se atinge o mundo interior. O espírito é a largueza do corpo-alma-mente, a psique, igual a universo.