Não ter medo da transparência. A ocultação de dados, considerados muito
ou pouco importantes, tende a resultar num clima de desencontros e
incompreensões. Às vezes se percebe o relevo das informações pelos atritos que
podem produzir. Melhor descortinar, mais cedo do que depois? Claro que cada
situação possui características próprias, o que chega a recomendar maior
cuidado na forma das revelações. Circunstâncias possuem cores próprias, mas o
método de encobrimento por razões defensivas, utilitaristas ou mais puramente
emocionais, costuma agravar as relações interindividuais. Chega a causar
alongamento de estados de desconforto, gerando malentendidos. Ou mesmo futuras
retaliações.
As pessoas sempre estão institucionalmente localizadas. Instituições são
empresas, família, igrejas, escolas, clubes, grupos operativos, etc. Normas e costumes se observam até em simples
psicogrupos ocasionais. Até nos efêmeros e estratégicos, em manifestações, por
exemplo, públicas, reivindicatórias ou
de protesto. Sociogrupos carregam o seu “constituído”, padrões de comportamento
para que não se desestruturem ou percam o poder adquirido.
Ressaltamos a necessidade de uma revisão dialética de significados. Sob
pena de desfazimento da unidade de grupos tidos como estáveis. Rígida acomodação oferece o risco de esgotamento
por falta de novas ideias. Acomodação em hábitos ou atos ilícitos. Cobrir
turvas trapaças, medo e violência, produzem rachaduras de difícil conserto.
Vida em clima persecutório, para se proteger de fantasmas ou ameaças concretas
a aflorarem no fluir circunstancial. No fim é a ambição de poder, a pior das
ameaças. Desejá-lo a todo custo possui exorbitante preço a pagar.