A gente
não é o que pensa ser, nem deixa de ser o que pensa que não é. É como se não
passássemos de átomos e partículas subatômicas... Descendo às relações
interpessoais, nossa vida inteligente seria apenas um acidente raro e precioso?
Críticas a outras pessoas, em geral, perturbam quem as recebe e quem as faz.
Certo que o motor é nossa cabeça. Como se diz, o coração sente o esplendor ou a
sombra de um pensamento. Trata-se do que se aplica a palavras, coisas e
pessoas. O pensamento e seus limites... Impossível pensar sempre o que é
adequado a fatos ou a versões. Quando distinguir uma coisa da outra? A imaginação
carrega o seu bestiário. Nada garante acertar com precisão a mosca do alvo. É
desconcertante a proximidade dos extremos. O processo de espiritualização,
melhor do que um niilismo de fancaria, levanta a questão da humildade. Humildade
costuma ser vista como um traço sentimentalista do nosso Eu, algo inferior.
Banaliza-se nos clichês do “doe sempre”, e, “é dando que se recebe”. E nossa fraqueza,
ao alimentar expectativas? “Eu fiz tudo isso por ele, mas veja o troco”, desabafo
comum de se ouvir. Para evitar o dilema, já que mencionamos um Eu enfraquecido,
associamos a humildade a uma omissão consciente. Face a considerados bens que
praticamos, sem retorno de aprovação, ou de algum mal ou injustiça a que fomos
submetidos. A força que transforma o que fere poderá fluir se, num impulso da
vontade moral, evocarmos o ato de perdão. Humildade é o principal traço do “bom
caráter”. Outro clichê: o “homem bom” está aquém ou além daquilo que pensamos
que somos. O perdão atua para nos distinguir graças ao paradigma da espiritualidade
superior. Com o perdão surge um alargamento da consciência do Eu. Aprender
sobre o propalado na oração cristã do “Pai nosso”, contribui no esforço para levar
a sério os problemas que se nos deparam. “Para que servimos?” – questão, cuja
resposta poderá refletir nossa posição no caos criativo. De um lado, atitudes banais;
de outro, mergulho na compreensão do que é ser humano. Qual a evidência de que
o mundo faz sentido? Entre ser unificador e questionador, pode-se chegar à
conclusão de que ocorre uma periódica renascença, pelos ciclos da vida, no mundo
e nas pessoas. Eis um glorioso caminho que, acredito, vale a pena encarar.
Ipansotera é um blog de pensamentos. Mesmo em recados há a intenção de promover uma interação reflexiva. Não existe fundo ideológico fechado. O conteúdo são vislumbres de quem vê a vida como aprendizagem do espírito. O autor acredita na interatividade mais do que em afirmações inatistas e comportamentistas.
Mostrando postagens com marcador A renascença pelos ciclos da vida. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador A renascença pelos ciclos da vida. Mostrar todas as postagens
26/02/2015
Assinar:
Postagens (Atom)