A primeira página de um jornal, no
último 15/4, ostenta a face torpe de momento desvivido. Se a cada dia nosso
aniversário representa menos primaveras e saúde, não há para se regozijar do
que está ocorrendo. No mundo, uma escalada bélica. Violência contra
jornalistas. Disputas sobre taxas e impostos ultrapassam R$ 280 bilhões nas 30
maiores empresas de capital aberto. Jogos suicidas e que incentivam
automutilações entre adolescentes. Motos dirigidas perigosamente a exigir maior
fiscalização. Papa, em vermelho, de bruços, numa sexta-feira, sente vergonha da
humanidade diante de injustiças. Polícia Federal em mais de 240 ações para
investigar políticos e empresários. Governos que dão a bênção ao suborno em
negociatas para obterem apoio. Caixa dois, que sempre elegeu políticos e driblou
problemas em negócios, continua viva e
incólume. Mentira e verdade nas alcaguetagens, chamadas eufemisticamente
delações. Mortos e feridos pelo impacto da Lava Jato. E não se fica aí. Só para
não cansar o leitor, já cansando, esperamos que os cidadãos leiam, vejam e
ouçam, com a maior isenção, o que se noticia. O mesmo para os suspeitos de
envolvimento em falcatruas. Que se reflita sobre as polarizações nas análises,
não aceitando a mostra apenas de um lado das questões. Cuidado ao se decidir
com base em simpatias pessoais, ou com o rabo preso no “toma lá, dá cá”. A
ambição ronda pelo alcance de maior poder. Benesses populistas podem gerar sérios
problemas econômicos e sociais. Nós e o
mundo, um só. Nova constituinte?
Eleições? Quem escolher? Continuar assim, com tão baixa representatividade, não
dá. Nada do ruim, mostrado, não é novo, mas um pouco da ponta do iceberg. Continuar
vagando à deriva? Não negar a política, mas restaurá-la. O começo nas
instituições família, empresa, política.
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