06/05/2017

VER, OUVIR, PERCEBER

A primeira página de um jornal, no último 15/4, ostenta a face torpe de momento desvivido. Se a cada dia nosso aniversário representa menos primaveras e saúde, não há para se regozijar do que está ocorrendo. No mundo, uma escalada bélica. Violência contra jornalistas. Disputas sobre taxas e impostos ultrapassam R$ 280 bilhões nas 30 maiores empresas de capital aberto. Jogos suicidas e que incentivam automutilações entre adolescentes. Motos dirigidas perigosamente a exigir maior fiscalização. Papa, em vermelho, de bruços, numa sexta-feira, sente vergonha da humanidade diante de injustiças. Polícia Federal em mais de 240 ações para investigar políticos e empresários. Governos que dão a bênção ao suborno em negociatas para obterem apoio. Caixa dois, que sempre elegeu políticos e driblou problemas  em negócios, continua viva e incólume. Mentira e verdade nas alcaguetagens, chamadas eufemisticamente delações. Mortos e feridos pelo impacto da Lava Jato. E não se fica aí. Só para não cansar o leitor, já cansando, esperamos que os cidadãos leiam, vejam e ouçam, com a maior isenção, o que se noticia. O mesmo para os suspeitos de envolvimento em falcatruas. Que se reflita sobre as polarizações nas análises, não aceitando a mostra apenas de um lado das questões. Cuidado ao se decidir com base em simpatias pessoais, ou com o rabo preso no “toma lá, dá cá”. A ambição ronda pelo alcance de maior poder. Benesses populistas podem gerar sérios problemas econômicos e sociais.  Nós e o mundo, um só.  Nova constituinte? Eleições? Quem escolher? Continuar assim, com tão baixa representatividade, não dá. Nada do ruim, mostrado, não é novo, mas um pouco da ponta do iceberg. Continuar vagando à deriva? Não negar a política, mas restaurá-la. O começo nas instituições família, empresa, política.       

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