Madrugada
Durmo
Golpe de vento
Tem-se que ladroar
sempre
Ia escrever
A
tinta secou
Vida pública e privada
Tudo questão
de tintas
Caneta de madeira
Há anos
Presente da neta
5h30
A palavra fala
Madrugada
Quem é justo?
Estamos justiceiros
Eis a sina da hora
Pra que remediar?
Por mais acertado o proceder
Quem tem dois corpos
A junta decide
Misericórdia?
Na ladroagem não sobra ninguém
Nem um Marco
Nem uma Carmen
Nuvens e tintas
Tudo escuro
Palavras-hora
Nos sinos que badalam
Da cama
aos pés no chinelo
Vezes
Aí com outra caneta
Das mais prosaicas
Continuar dormindo?
Soei o nariz duas vezes
Sob o leve lençol
transpiração
Antes, a sacristia da imprensa
Melhor do que a TV
bem
comportada
Fala que se guarda
no até quando
Depois das palavras
No até quando
Quem vai ser canonizado?
Poltrona encostada na cama
Evita o chão
Li muito
Agora a consciência
Apaguei a luzinha
para articular ideias
e sensações
A luzinha outra vez
Minha mulher acorda
e volta a dormir
É sexta
Dia de Safatle
o Vladimir
A apatia
Medir o pulso
Nenhum comentário:
Postar um comentário