ANO QUE DESÁGUA
Remar a favor ou contra a corrente.
Qual a escolha feita?
Já disse isto: Nada mais prático do
que uma boa teoria.
Cabe a pergunta: Somos
conservadores ou progressistas? Mais ligados na tradição ou no contemporâneo?
Quando o contemporâneo é arte ou
pura sacação?
Seguimos a moda ou a arte? Somos
mais indivíduos ou cidadãos?
Para a arte, necessário o espanto.
Como cidadão estou pouco
protagônico.
No que renovamos? Militamos na
esquerda, direita ou centro? Melhor é não ser vândalo.
Nossos interesses são mais pessoais
ou corporativos?... E as causas sociais?
Todo remédio possui efeito
colateral. Não só o químico, mas o psicológico também.
Gostaria de me espraiar mais nos
diversos campos da cultura. Sou superficial em tudo.
Publiquei três livros em papel e um
e-book. Há outros esperando.
Orbitamos entre a ingenuidade
romântica e a seriedade com clássica pretensão.
Meu poema que mais aprovo é “O
Gigante”. Não quero ser um gigante maduro e sem cheiro...
“O Gigante” está na página 51 do
meu livro “Ecos e Sombras” (Garatuja Editora, 2007).
Gostaria de produzir fagulhas de
nova escrita, mas estou longe dos escritores que admiro.
A palavra impressa ainda é o meu
sorvedouro.
Tenho cada vez menos conexões com o
mundo. É a idade?! Como a vida só não basta...
Sou um disrítmico fisiológico...
Não só fisiológico.
Em poesia, há tempos não cultuei o
verso tradicional. Assim também na pintura.
Meu engajamento nas coisas da
cultura, da teoria estética, dos estudos filosóficos e das artes foi sempre de
grande primarismo.
Gosto de dialogar com minhas obras
visuais há tempos realizadas.
O jornalismo cultural é o que mais
me interessa.
Sei que minha linguagem não se
aproxima muito da popular, o que é um vício uspiano.
A verdadeira arte da política é
pouco praticada. Terreno baldio ou rio com margens sujas.
Enquanto a educação no Brasil não
avança em leitura (média no mundo), continuo com meus textos...
Na internet temos a pressa em obter
informações e se relacionar. Palavras e imagens num trânsito livre, salvo-conduto e
intolerância.
O facebook é forte instrumento
democrático. Uma pessoa à frente de outra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário