Continuação de “RECUPERAR O ETERNO”, A Idade de Ouro, pág. 1183.
O Quinto Mandamento
Necessário o escândalo, mas ai de quem o provoca.
Considerando uma elite política. Ela preserva para si o direito de
cortar, demitir, e escandalizar de mil formas.
Para si, o monopólio do Estado. Oligarquias põem e dispõem.
À luz do Novo Testamento (e dos Mandamentos), não vilipendiar o
humano. Méritos não são levados em conta.
O futuro pelo futuro, na radicalização de que a liberdade é o
supremo Bem. E com o Bem a misericórdia, fora de qualquer condicionamento
retributivo.
Resta saber: a liberdade, de quem?
Pensar em reconhecimento ou recompensa diz respeito a uma relação
idólatra, comércio entre almas.
A ação do Estado deveria ser sempre “de graça”. O problema é
quando agimos “sob suas ordens”.
Se
o Estado não vai bem, algo deve ser retirado dos humanos, pois quem manda não
pode sair perdendo.
A palavra “golpe”... Quem tem medo da palavra? Quem pratica ou
quem o recebe?
Vilipêndio é sempre errado? Do ponto de vista das leis, não. Retribuição
é o fundamento da justiça humana?
Acontece que o Estado nada tem a ver com o Eterno. Pensar assim é
se prender a reminiscências das épocas de barbárie.
Problema sério são as tentativas fundamentalistas de interpretação,
inclusive de textos considerados sagrados.
Como fica o Talião, frente ao perdão? Se o Talião fosse apenas
justo, não haveria humanidade. Se lei, necessário cumprir o “olho por olho,
dente por dente”.
O Estado diz: o perdão e a misericórdia devem ser raros, do contrário
eles se tornam banais. Justificam qualquer coisa.
O criminoso que merece ser punido, quando deve ser perdoado? Questão
não para o Estado, mas para os homens e as mulheres.
A pessoa que se sabe culpada é capaz de se sentir perdoada. “Dar a
outra face” não faz parte da cultura do Estado.
(blogspot.com, Twitter, Facebook, 3/6/2016)
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