De uma conversa com Antonio Mellim, em 3-6-16. Nos textos sobre o
Eterno, tomo por base o livro de Pondé “Os dez mandamentos (+ um)”. Eu me
inspiro, divirjo e sigo, até literalmente, esse filósofo e professor. Mellim põe
a responsabilidade pela crise atual do Brasil em nossos pés. Menos importante é
ficar apontando culpados, sejam políticos ou sistemas. O pleito que se aproxima
é o que mais nos desafia.
RECUPERAR O ETERNO 6 (CONT.)
Todo e qualquer fato possui mil versões.
Dar nome aos bois pode não ser a melhor alternativa.
Elite política (oligarquia), ainda que com manobras sutis, age por
paus e pedras. O contribuinte sempre sai perdendo.
Chamar de Estado ou de Democracia Participativa, dá no mesmo.
Cada pessoa, ao optar, é quando pode tornar-se protagônica... Ou
seja: senhora dos fatos sociais.
Não é o Estado que vilipendia... Nós nos vilipendiamos. Logo, as
ferramentas da mudança estão em nossas mãos.
A liberdade – como supremo Bem – depende do desiderato de cada um.
Aspirações mal concebidas podem desencadear estados catastróficos.
Esperar sentado reconhecimento ou recompensa – o toma lá dá cá –
gera a idolatria, como se as ações presumissem um jogo mercantil.
O mais fácil é atribuir a culpa ao outro ou às instituições. Difícil
se ver no processo.
Deve-se investir no desenvolvimento humano e nos bens sociais, o indivíduo como fator e beneficiário...
... Fator, beneficiário ou vítima. Entender que seguir o que é
justo é difícil para os afogados em narcisismo.
Na contemporaneidade lembrar que para ser perdoado precisamos nos
sentir culpados.
A força moral plena não se revela
a quem não possui a consciência de culpa. Nossa cultura é
autoindulgente.
Para quem pensa em pena de morte, o condenado deixará de vivenciar
a culpa em “tempos imorredouros”.
Há pessoas autocentradas que não acreditam na palavra “misericórdia”.
Mas a chamam a si, em causa própria.
A “simples” justiça não
basta para lidarmos com o Mal. A misericórdia é a resposta à degeneração do
mundo e das pessoas.
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