22/05/2016

RECUPERAR O ETERNO 4

Dor na saudade gera a consciência que cura. É quando existe amor.

O niilismo nos prende à visão do que não queremos ver. Os céticos são os inteligentes preguiçosos.

Para vencer a melancolia existe a percepção de que somos moralmente vazios e distantes de estados menos escorregadios.

Consciência da doença é mais importante do que receitas. Daí proveem tratamentos.

Nós é que projetamos as imperfeições do mundo. Compreender isso já é um passo positivo.

Dar valor ao mundo é entendê-lo como fonte de sábias lições. Na alegria e na tristeza. Ao olhar para o passado vemos que nem tudo é permitido.

Quem mente acha que certas ações são cabíveis. Mentir é mentir  primeiro para si mesmo.

O espelho mostra o ridículo de nossa autossuficiência. O sentimento de superioridade moral e intelectual nos torna presas do engano.

Ver o mundo e a vida como lugar de ciências, letras e artes, e onde se aprende a ser mais humano, amoroso e solidário...

Desde que o “homem público” não caia numa autoidolatria, nem se veja como o epicentro das coisas, existe chance de melhora para a política.

A submissão a ideias, pessoas ou imagens é algo fadado a um mal êxito. Ao optar, pensar antes no bem comum.

Juntas, humildade e coragem, até questionando Deus sobre o sofrer, faz parte de um “demasiado humano”.

Não dá para deixar de demonstrar aquilo que se sente. Muitas vezes o grito é o mais eficiente.

O pecador desesperado é preferível ao “não me toques” do bonzinho.

Sofrer de verdade sem medo é para quem vê a vida como algo belo. Ainda que capitular, por vezes, seja um sentimento de rendição.

O coração deve bater junto com a consciência que não exige retribuição.

Dizer sempre “obrigado” é para os bonzinhos de pétreo coração. Face a benefícios, não exigir reconhecimento.

A misericórdia verdadeira não pede nada em troca.

O coração, na presença do Eterno, tudo sabe.

O que não é efêmero? Bens, então, nem se fala. A vida passa como um pássaro voando. Em vão nos inquietamos.

Sem paradigmas que nos orientem é como se o caminho fosse percorrido na escuridão.

Amar ao próximo e ao distante como a si mesmo é um desses paradigmas.

Leituras espiritualistas, como instrumentadoras cirúrgicas, podem ser um bom auxílio.

Na dimensão mais próxima à terrena, o terreno para os passos é sólido.

___________________ 

Nenhum comentário:

Postar um comentário