As ferramentas famosas por serem
mais acessíveis: visão, olfato, tato, paladar, audição, intelecto. Disponíveis,
objetos da experiência imediata, embora de precária utilização. O fato é explorarem
um cotidiano para São Tomé. Nem tudo o que foi percebido pelos sentidos e pelo espírito
consciente está registrado. Muita coisa não é compreendida no contexto da ocorrência.
O que fica se assenta no óbvio mais concreto e evidente. Quando alguma das ferramentas
entra em pane, aí, o sujeito tenderia a se tocar. O que nem sempre acontece. Vivem
descalibradas, pois os neurônios assessores desempenham muito mal o seu papel. Milhares,
num formigueiro, mas sem a eficácia (objetivos) e a eficiência (meios) das
formigas. Não costumam nem bordar algo apreciável. A escolaridade científica e
filosófica ajuda pouco. Há os abusos da crença “patrimonial” que é medrosa. Ideologia
é sempre o que cada um pensa. Perder forças, o que se teme. Há um poder que se
obtém pelas lascas das paredes de madeira do celeiro da mente improdutiva. O
sol entrando por elas, alimenta a semente e seus verdes ramos, como se acordassem
num impulso vertical. Nem há necessidade de terra adubada. Mercadores da fé abundam,
atrapalhando mais do que ajudando, quando o fator pecuniário comanda. A vida busca
a luz, no ambiente escuro da tulha. Um pensamento: Não precisamos acreditar no “absoluto”.
Do “absoluto”, adviria a regência. O mundo ficaria menos feio. Só que existe o
estorvo do livre arbítrio. Ilusão de liberdade num corpo fechado. Vegetar-se em
brutal ateísmo? Isso é para frágil acomodação. Fraqueza de uma das ferramentas,
não merecedora de qualquer definição. O “absoluto”, se Deus, nos encanta. “Ele é”,
nas palavras de Jung. O espiritualista talvez entenda que o numinoso penetra
por uma rachadura oportuna no celeiro. A questão, talvez, dependa mais de
prática do que de fé. Prática não se ensina, a não ser através de vivência. Quem
se atreve a assumir a complexidade? Amor e solidariedade. Embora redundantes
reforçam a paz de espírito. Paz de espírito na turbulência, não é para qualquer
um. Sugere paciência e espera. Serve para a plantinha num ambiente inóspito.
Sinto que ela se descobre face aos próprios limites. Sem arrogância e com
respeito assume o caráter paupérrimo.
Os sentidos materiais possuem os
níveis natural e sobrenatural. Ambos, uma coisa só. Negar um é o mesmo que negar
o outro.
Há quem usa o termo projeção para
dizer que algo não possui existência real (o espírito, o volume, o ponto).
Ponto é intercessão de linhas; volume é o que exige visão estereométrica (óculos
que revelam o tridimencional); espírito, pede atitude transcendente... O mesmo
para o termo espiritualidade. Mediunidade é coisa mal compreendida... Etc.,
etc. Para os que não buscam, nem enfrentam o mistério, sobra um muxoxo.
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