10/03/2016

MUNDO LOUCOBOBO

Ao longo da vida vamos identificando nossos maus hábitos. Loucuras e bobices. Desde que a gente não se torne um conformado solitário. A vida de relação, principalmente com parentes e pessoas muito próximas, ajuda nesse processo de tomada de consciência. Mudar é que são elas. Alguém de fora, por mais chegado que seja, dizer que devemos modificar hábitos? Vícios, então, natural é saber que moram em nós. Tanto os maus hábitos como os vícios se transformam numa segunda natureza. Só posturas muito radicais para expulsar os demônios.
Encontramos pessoas que dizem: “cuido da minha saúde, mas não sou um radical”. Esse “não sou um radical” só confirma o fato de que os maus hábitos e os vícios continuam. Praticamente não existe cura para os vícios. O sujeito pode passar por clínicas especializadas em usuários de drogas, receber tratamento, porém, depois da alta tem necessidade de um superego que o acompanhe. Nenhuma cura é completa, a pessoa sujeita às motivações de grupo, do meio social e do próprio inconsciente. Quais os fatores ambientais ou psicossociais que interferem? Identificar as causas, geralmente com auxílio externo, não basta. Há uma horinha em que voltam os mesmos maus hábitos e vícios. Autopromessas e palavras de ordem vindas dos companheiros não bastam. Necessário o radicalismo obediente de quem deseja mudar, o que é muito difícil de acontecer. Às vezes o sofrimento de pessoas queridas funciona como alerta para a mudança: se quisermos continuar recebendo aquele amor tão importante para a autoestima por que não modificarmos o comportamento?
Fácil entender que os bons e maus hábitos ocorrem e se cultivam desde a infância. O que se aprende dos pais e de quem cuida de nós ou nos influencia. São atitudes e modos de agir que no avanço da idade se transformam de segunda em primeira natureza. Um procedimento, denunciado pelo filho, se repete nele (filho) quando a esposa diz: “você parece o seu pai”.
A fim de acordar nossa memória: Acomodar-se em almofadas, posição oblíqua para a coluna, diante da TV; deixar a própria cama desarrumada ao se levantar; não tomar banhos diários; manter os cotovelos na mesa durante as refeições; deixar escorrer água enquanto se ensaboa o corpo e a louça; tomar gelados, mesmo no inverno; na mudança de clima, não proteger o corpo quando o agasalho é necessário; o abuso da carne, de frituras  e alimentos muito gordurosos.
Esses procedimentos, que podem ser vistos como certos ou errados, e muitos outros que se teria para enumerar, podem cobrar altos preços na economia da saúde e do que é socialmente aceito. Saúde e educação na balança. Não falei em coisas muito óbvias como o álcool e o fumo. Aqui, pelo abuso, os efeitos são inevitavelmente calamitosos. Remédios (psicofármacos), tranquilizantes e antidepressivos oferecem sérios riscos se continuados. Dependência é a palavra. Drogas leves ou pesadas, chegam a produzir autodestruição nos passos e galopes.
Acrescentar aos maus hábitos e vícios a alimentação com agrotóxicos e os remédios de falso poder terapêutico e que funcionam como inimigos mediatos ou puros placebos (sem nenhum efeito).      
         Outro dado é a agressão à natureza (desmatamentos, ar e água poluídos, pastagem para a carne dos bois), o  cinismo e a manipulação dos governantes e da publicidade, gerando o consumo de venenos e do supérfluo.
         O espírito belicista vê as armas como símbolo de paz e não como produtoras de mais violência e terrorismo.
         Sobrepor o mercado e o dinheiro aos bens de autorrealização espiritual é como se a soma de prazeres fosse a melhor receita de felicidade.
         Mais importante do que o poder condutista e autoritário é a interação com os diferentes (raça, sexo, nacionalidade, nível  socioeconômico) nos pilares do coração com muito amor.


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