Ao longo da vida vamos identificando nossos maus hábitos. Loucuras
e bobices. Desde que a gente não se torne um conformado solitário. A vida de
relação, principalmente com parentes e pessoas muito próximas, ajuda nesse processo
de tomada de consciência. Mudar é que são elas. Alguém de fora, por mais
chegado que seja, dizer que devemos modificar hábitos? Vícios, então, natural é
saber que moram em nós. Tanto os maus hábitos como os vícios se transformam
numa segunda natureza. Só posturas muito radicais para expulsar os demônios.
Encontramos pessoas que dizem: “cuido da minha saúde, mas não sou
um radical”. Esse “não sou um radical” só confirma o fato de que os maus
hábitos e os vícios continuam. Praticamente não existe cura para os vícios. O
sujeito pode passar por clínicas especializadas em usuários de drogas, receber
tratamento, porém, depois da alta tem necessidade de um superego que o
acompanhe. Nenhuma cura é completa, a pessoa sujeita às motivações de grupo, do
meio social e do próprio inconsciente. Quais os fatores ambientais ou psicossociais
que interferem? Identificar as causas, geralmente com auxílio externo, não
basta. Há uma horinha em que voltam os mesmos maus hábitos e vícios. Autopromessas
e palavras de ordem vindas dos companheiros não bastam. Necessário o
radicalismo obediente de quem deseja mudar, o que é muito difícil de acontecer.
Às vezes o sofrimento de pessoas queridas funciona como alerta para a mudança:
se quisermos continuar recebendo aquele amor tão importante para a autoestima
por que não modificarmos o comportamento?
Fácil entender que os bons e maus hábitos ocorrem e se cultivam desde
a infância. O que se aprende dos pais e de quem cuida de nós ou nos influencia.
São atitudes e modos de agir que no avanço da idade se transformam de segunda
em primeira natureza. Um procedimento, denunciado pelo filho, se repete nele (filho)
quando a esposa diz: “você parece o seu pai”.
A fim de acordar nossa memória: Acomodar-se em almofadas, posição oblíqua
para a coluna, diante da TV; deixar a própria cama desarrumada ao se levantar; não
tomar banhos diários; manter os cotovelos na mesa durante as refeições; deixar
escorrer água enquanto se ensaboa o corpo e a louça; tomar gelados, mesmo no
inverno; na mudança de clima, não proteger o corpo quando o agasalho é necessário;
o abuso da carne, de frituras e alimentos
muito gordurosos.
Esses procedimentos, que podem ser vistos como certos ou errados, e
muitos outros que se teria para enumerar, podem cobrar altos preços na economia
da saúde e do que é socialmente aceito. Saúde e educação na balança. Não falei
em coisas muito óbvias como o álcool e o fumo. Aqui, pelo abuso, os efeitos são
inevitavelmente calamitosos. Remédios (psicofármacos), tranquilizantes e antidepressivos
oferecem sérios riscos se continuados. Dependência é a palavra. Drogas leves ou
pesadas, chegam a produzir autodestruição nos passos e galopes.
Acrescentar aos maus hábitos e vícios a alimentação com agrotóxicos
e os remédios de falso poder terapêutico e que funcionam como inimigos mediatos
ou puros placebos (sem nenhum efeito).
Outro
dado é a agressão à natureza (desmatamentos, ar e água poluídos, pastagem para
a carne dos bois), o cinismo e a
manipulação dos governantes e da publicidade, gerando o consumo de venenos e do
supérfluo.
O
espírito belicista vê as armas como símbolo de paz e não como produtoras de
mais violência e terrorismo.
Sobrepor
o mercado e o dinheiro aos bens de autorrealização espiritual é como se a soma
de prazeres fosse a melhor receita de felicidade.
Mais
importante do que o poder condutista e autoritário é a interação com os
diferentes (raça, sexo, nacionalidade, nível
socioeconômico) nos pilares do coração com muito amor.
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