Mesmo amando
os diferentes, no fundo, no fundo queremos que todos sejam iguais a nós. Todos
temos alguma habilidade, conhecemos técnicas – algumas até de amplo uso.
Possuímos defesas, muitas vezes contra
inimigos inexistentes. Uns têm a opção do ataque como melhor tática, sendo
estratégicos. Há os criativos a realizar obras memoráveis. Outros, como eu, que
parecem cultivar a “poética do erro”. É como se errassem para acertar.
Força física e
outros atributos chegam a estar presentes juntos com os sentimentos e as
contradições humanas.
Sem olhar,
talvez melhor se enxergue... O mesmo com a escuta. Nem tudo vale a pena ser
contatado. E pensar?... Quando agir, transformando ideias em ações? Metáforas e
exageros podem ajudar. Ironia, como arma, quando o humor se contextualiza. Ver
em bloco, sem se deter em detalhes.
Para o saber
não existem áreas tão específicas, como muitos acreditam. A vida e o
comportamento humano sobrenadam nas águas mais diversas. Das turbulentas às
calmas.
Reconhecer
quem se expressa melhor, com menos vícios, chavões e termos à base dos “ês”. Filósofo
e psicólogo de bate-papos meu mundo é mais de conceitos do que de ações
concretas. Reconheço que o prisma estético é o que me conduz na percepção do
mundo. O “porém” é que procuro ter dois olhares. Aprendi que a vida flui na
dualidade dos opostos... E que os polos interagem na relação paradigma/agente.
O abrangente e o que se vê como problema chegam e podem mudar de posição. Não
obstante a gama de influências, a escolha é para nós. Somos donos do próprio carma, únicos capazes
de mudá-lo.
Querer
explicar muito, atitude de quem está em cima do muro. A tremenda crise atual é
mais política do que econômica. Mais ética e moral do que outra coisa. Visão de
mundo e comportamentos, o que mais
pesam. Afoga-se nos efeitos. Parece que quanto mais pensamos, menos entendemos.
Necessário aprender a jogar coletivamente. Jogo que é o jogo. Deveres e
obrigações comuns. Tomar consciência do real face à sobrevivência e autorrealização. Isso é
essencial. Não esquecer que ninguém é produto descartável ou de exportação. Num
certo sentido se chega a ser apenas promessa, a vingar ou não nos espaços do
tempo eterno. Não nos deve fugir a dimensão do transhomem, mesmo como meta
utópica.
Esforçar-se por
melhorar as próprias virtudes, corrigindo deficiências, até as mais
encalacradas. O que se vislumbra como potencialidade positiva, cultivar... Até
exaustivamente na rota inatingível do que é perfeito. Mas não esquecer que a
perfeição não existe... Importante se sentir cada vez mais adequado nas
relações com as pessoas e o mundo. Não existe uma visão filosófica,
psicológica, de seitas que seja a única. Nem um estilo de vida padrão a ser
vivido. O “novo” está se fazendo a cada momento. Mas claro: temos sempre que
escolher!
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