16/09/2015

O NOVO A CADA MOMENTO

Mesmo amando os diferentes, no fundo, no fundo queremos que todos sejam iguais a nós. Todos temos alguma habilidade, conhecemos técnicas – algumas até de amplo uso. Possuímos defesas, muitas vezes  contra inimigos inexistentes. Uns têm a opção do ataque como melhor tática, sendo estratégicos. Há os criativos a realizar obras memoráveis. Outros, como eu, que parecem cultivar a “poética do erro”. É como se errassem para acertar.
Força física e outros atributos chegam a estar presentes juntos com os sentimentos e as contradições humanas.
Sem olhar, talvez melhor se enxergue... O mesmo com a escuta. Nem tudo vale a pena ser contatado. E pensar?... Quando agir, transformando ideias em ações? Metáforas e exageros podem ajudar. Ironia, como arma, quando o humor se contextualiza. Ver em bloco, sem se deter em detalhes.
Para o saber não existem áreas tão específicas, como muitos acreditam. A vida e o comportamento humano sobrenadam nas águas mais diversas. Das turbulentas às calmas.
Reconhecer quem se expressa melhor, com menos vícios, chavões e termos à base dos “ês”. Filósofo e psicólogo de bate-papos meu mundo é mais de conceitos do que de ações concretas. Reconheço que o prisma estético é o que me conduz na percepção do mundo. O “porém” é que procuro ter dois olhares. Aprendi que a vida flui na dualidade dos opostos... E que os polos interagem na relação paradigma/agente. O abrangente e o que se vê como problema chegam e podem mudar de posição. Não obstante a gama de influências, a escolha é para nós.  Somos donos do próprio carma, únicos capazes de mudá-lo.
Querer explicar muito, atitude de quem está em cima do muro. A tremenda crise atual é mais política do que econômica. Mais ética e moral do que outra coisa. Visão de mundo e  comportamentos, o que mais pesam. Afoga-se nos efeitos. Parece que quanto mais pensamos, menos entendemos. Necessário aprender a jogar coletivamente. Jogo que é o jogo. Deveres e obrigações comuns. Tomar consciência do real face à  sobrevivência e autorrealização. Isso é essencial. Não esquecer que ninguém é produto descartável ou de exportação. Num certo sentido se chega a ser apenas promessa, a vingar ou não nos espaços do tempo eterno. Não nos deve fugir a dimensão do transhomem, mesmo como meta utópica.
Esforçar-se por melhorar as próprias virtudes, corrigindo deficiências, até as mais encalacradas. O que se vislumbra como potencialidade positiva, cultivar... Até exaustivamente na rota inatingível do que é perfeito. Mas não esquecer que a perfeição não existe... Importante se sentir cada vez mais adequado nas relações com as pessoas e o mundo. Não existe uma visão filosófica, psicológica, de seitas que seja a única. Nem um estilo de vida padrão a ser vivido. O “novo” está se fazendo a cada momento. Mas claro: temos sempre que escolher!


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