07/09/2014

MASSA DE MANOBRA



Sentimos por vezes a estreiteza de nossas cabeças. O oposto podem ser cabeças que transcendem. Algo não fácil para conquistar. De um lado, os “idiotas da objetividade”; de outra parte, quem procura se desvencilhar de arcaicos condicionamentos tendo coragem para ir além de circunstancialismos culturais corporativos. Estes se encontram nas diversas áreas científicas, filosóficas e sociais. Por filosóficas entendemos o pensar mais do que o praticar. Muito embora acredite que boas ideias são pressupostos que se confirmam até na concretude das ações cotidianas. Entre os cientistas temos os materialistas e os com algum grau de espiritualidade.

Hoje, se fala em gente que passa a imagem de “sonhático” (o que vejo como maldade nesta época de eleições). Eis atributo que se pospõe de forma gratuita a qualquer um que esteja fora do senso comum, ou que ameaça partidos. Neste caso, argumenta-se com relação à incapacidade para a coisa pública. Os acostumados ao ranço da experiência acumulada colocam a governabilidade como paradigma. É quando se nutrem acordos a torto e a direito, até com quem segue princípios nada condizentes com a filosofia do governante.

Podemos pensar pela cabeça “pequena” de uns ou a cabeça ampla de outros. Esta é agulha no atual palheiro caótico de corrupção e personalismo demagógico. Insisto nos pontos da bússola da psique (totalidade da mente): pensamento, sentimento, sensação, intuição. Equilibração (estado de equilíbrio que nunca se conclui), consiste em não supervalorizar um ou outro polo. Caso contrário capengamos. Não atingimos o patamar de estruturas mais móveis e estáveis. Certo que acontece de nos apoiarmos em muletas corporativistas, preconceitos tidos como verdades, nem sempre conscientizados. Eis o que se propala: Não ver isso necessariamente como patológico, já que é tão comum. Podemos, inclusive, estar condicionados biologicamente, uns cópias dos outros. Ou buscando ortodoxia sob o padrão da unanimidade. Instituições dependem disso. O constituído delas dificilmente merece uma dialética focada em significados. Nossos sistemas político e de jurisprudência vão sendo denunciados como falhos em muitos aspectos... E pouco se faz para melhorá-los. Nesse caso, fácil sermos manobrados pelo poder com seus currais.
___________________

Nenhum comentário:

Postar um comentário