Sentimos por vezes a estreiteza
de nossas cabeças. O oposto podem ser cabeças que transcendem. Algo não fácil
para conquistar. De um lado, os “idiotas da objetividade”; de outra parte, quem
procura se desvencilhar de arcaicos condicionamentos tendo coragem para ir além
de circunstancialismos culturais corporativos. Estes se encontram nas diversas
áreas científicas, filosóficas e sociais. Por filosóficas entendemos o pensar
mais do que o praticar. Muito embora acredite que boas ideias são pressupostos
que se confirmam até na concretude das ações cotidianas. Entre os cientistas
temos os materialistas e os com algum grau de espiritualidade.
Hoje, se fala em gente que passa
a imagem de “sonhático” (o que vejo como maldade nesta época de eleições). Eis
atributo que se pospõe de forma gratuita a qualquer um que esteja fora do senso
comum, ou que ameaça partidos. Neste caso, argumenta-se com relação à incapacidade
para a coisa pública. Os acostumados ao ranço da experiência acumulada colocam a
governabilidade como paradigma. É quando se nutrem acordos a torto e a direito,
até com quem segue princípios nada condizentes com a filosofia do governante.
Podemos pensar pela cabeça “pequena”
de uns ou a cabeça ampla de outros. Esta é agulha no atual palheiro caótico de
corrupção e personalismo demagógico. Insisto nos pontos da bússola da psique
(totalidade da mente): pensamento, sentimento, sensação, intuição. Equilibração
(estado de equilíbrio que nunca se conclui), consiste em não supervalorizar um
ou outro polo. Caso contrário capengamos. Não atingimos o patamar de estruturas
mais móveis e estáveis. Certo que acontece de nos apoiarmos em muletas
corporativistas, preconceitos tidos como verdades, nem sempre conscientizados. Eis
o que se propala: Não ver isso necessariamente como patológico, já que é tão
comum. Podemos, inclusive, estar condicionados biologicamente, uns cópias dos
outros. Ou buscando ortodoxia sob o padrão da unanimidade. Instituições
dependem disso. O constituído delas dificilmente merece uma dialética focada em
significados. Nossos sistemas político e de jurisprudência vão sendo denunciados
como falhos em muitos aspectos... E pouco se faz para melhorá-los. Nesse caso,
fácil sermos manobrados pelo poder com seus currais.
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