Manha, contra intervenções castradoras... A motivação para intervir
teria a ver com a dificuldade em encarar os próprios demônios? Pode ser que
certa prática que condenamos, nossa indignação, é porque receamos a obrigação
de silenciá-la em nós. Reconhecer a estupidez alheia decorreria de um passado a
sepultar? Meter-se na “casa dos outros”, a fim de corrigir anomalias, modo de a
gente se omitir, pode significar aceitação da covardia de quem semeia, ou
simplesmente colhe, o prejudicado como alvo. Manha nutriente... Não se trata de
só identificar a manha, mas também o que a motivou. Constitui ferramenta contra
o autoritarismo. A gente poderia chamá-la
de “manha não patológica”. Coisa praticada à revelia do autor. Penso em casais
que se amam, utilizando a manha para que não ocorram conflitos a torto e a
direito. Paz, intervalo entre guerras. Tudo pelo amor, não obstante o paradoxo.
E para quem é propenso a atitudes manhosas cabe indagar: e quando se vira
objeto do manhoso? Qual o sentimento?
Recomendo
a postagem anterior (31.7.14) nos meus ipansoterra.blogspot.com.br e facebook (página
Euclides Sandoval).
Nenhum comentário:
Postar um comentário