11/07/2014

VOTAR EM QUEM?



Nos anos 90 escrevi um ensaio intitulado “A Arte Grotesca”. É mais sobre os políticos – deles, o lado mais revelado – do que sobre a arte ou a ciência do ato de governar. Valeria como um desabafo. Política pode se aplicar a várias coisas. Entre elas, mais precisamente: a doutrina do direito e da moral; a teoria do Estado; o estudo dos comportamentos intersubjetivos.
A Copa chegando ao fim. Ano eleitoral, a escolha em quem votar pode ser ajudada com alguma reflexão. Mesmo o olhar pessimista não exclui possibilidades de luz no fim de uma via escura.
Nossa intenção, longe de enterrar a política, ou de vê-la como força a ser divinizada. Não imagino caminho utopístico, pensando num Estado perfeito.
Sinto que ao neglicenciar a doença que nos afeta, perdemos a consciência do que é justo e do que é injusto, do que é reto e do que é iníquo. Qual a maneira mais realista das maneiras e dos caminhos para melhorar a prática política? Como se vive e como deveríamos viver? Como ir mais na preservação da vida do que da sua ruína? Caímos nos bons e maus homens públicos, principalmente pelas suas ações. Não bastam interesses pessoais do atendimento de necessidades, temos o que se refere ao bem coletivo. A honestidade é melhor do que qualquer ideologia. Estas costumam fazer uma abstração da realidade. Existe uma realidade efetiva, concreta, que nos deve estar sempre presente. Quem já perverteu, de acordo pelo menos com o senso comum, por maior que seja a simpatia devotada à pessoa, ela deve ser posta de lado, hoje, pela crise de moralidade e ética que nos assedia. O bem da totalidade dos cidadãos deve prevalecer sobre o bem de uma minoria.

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