Em nossa história
de vida há pessoas que, num certo sentido, perdem sua autoridade sobre nós.
Podemos ainda demonstrar dependência e, por outro, há resistências de nossa
parte. Parece que inconscientemente buscamos a própria autonomia. Sob a impressão
de certas personalidades renunciamos ao julgamento, recalcando o lado crítico.
Mais tarde pode surgir, no sentido freudiano, um “desejo de morte”, muito embora ocorra admiração em merecido reconhecimento.
Muito contribuíram na poda de nossas arestas. Mais tarde, o outro lado: ah, ele
era excessivamente racional... Ou: dava pouca importância à intuição...
Lembro quem muito
me influenciou... Ironizava a “pomba gira”, a fim de ressaltar o papel da Gestalt-terapia.
Com certo fascínio,
via essas pessoas como amigas e protetoras, estando disposto a colaborar com a
rica experiência delas. Talvez me faltasse, na época, um pouco de desprendimento
analítico. Eu, na condição de aprendiz que se submete para sorver o que me fazia
bem para a inteligência. Uma inteligência mais afetiva que racional?
Tratava-se de um
momento de alta testosterona, a sexualidade como expressão fundamental do psiquismo.
Hoje, além do significado pessoal e o alcance de função biológica, prevalece o
lado espiritual e o sentido numinoso. Procuro ultrapassar uma multidão de
preconceitos que ainda me afetam. A expressividade, na literatura e nas artes,
reflete sobre o que vivencio e procuro compreender como profeta de minha história
pessoal.
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