Futebol, como arte popular, e as
outras artes são instâncias de manifestação da expressividade que me dizem
respeito.
Tenho uma declaração um tanto
constrangida sobre os meus leitores. Qual o papel deles? Influenciam meu
estilo? Meu estilo só me configurou com maior precisão bem tarde. Hoje me
encontrou, ou seja, só faz pouco tempo que me retratei nele. A subjetividade
possui planos, até parece que psicografo a mim mesmo. Aprendi que isso é
possível. Tenho a impressão de que me solto ao escrever. Além de repercutir
muito do que vou lendo e ouvindo existe a sensação de que, sem fórceps, extraio
coisas até inimaginadas de covas interiores. Há leitores, talvez um pouco apressados,
que parece não me compreenderem. Eu mesmo, em contato com escritores mais
conceituais e abstratos, fragmento o discurso deles captando o pouco que me faz
sentido. Chego a me apropriar do que possui visgo para meu próprio modo de
compreender. A fixação na forma de escrever encontra aderência de ideias outras
a propiciar o necessário balanço literário. Aprecio o que está além do público
leitor. Não o priorizo na relação que tenho com ele. Importante eu me sentir no
que faço. Não nego o prazer que experimento ao perceber que alguns
interlocutores participam comigo da mesma órbita.
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