14/06/2014

CONFLITOS DO DIA A DIA



Ao falar em conflito já se pensa logo em violência explícita, agressões de natureza física. Existe algo não muito menos palatável: informação através do que se vê e ouve, ao mesmo tempo, alimento da mídia televisiva, de difícil digestão. Nossa galeria interior de fatos tristes, criminosos e horrendos encontra paralelo em publicações impressas, quando a decodificação de mensagens é facilitada. E onde se pode escolher o que consumir. Só que melhor é selecionar o que cabe no espírito e nele faz bem. Passar os olhos rapidamente aqui; uma leitura mais dinâmica ali; segmentos que interessam ou não. No caso televisivo a figura do ilícito violento lhe invade a privacidade, sem se desculpar. O pressuposto: tudo cabe na mídia. A escolha manda mudar de cena ou nela permanecer. Quando se repete, de um canal para outro, o jeito é usar o controle remoto como um soco. Foto em movimento passa e nem tudo se retém; o que se vê e lê no papel é como se estivesse gravado na pedra. Propicia maior reflexão, análise e até estudos aprofundados. No cotidiano do lar, da empresa, da escola e dos grupos em geral, temos problemas e equívocos, além do declarado conflito, oposição entre duas ou mais coisas. Muitas delas a serem atribuídas a choques de ritmos entre as pessoas. Por ritmos entendemos tons de voz, posturas e gestos à mesa de refeições, odores, maneira de olhar, a forma de se vestir, o que é próprio dos sentidos corporais. Ritmos da alma, oscilações do humor, querer ou não querer, exigir ou não, também nessa categoria. Na demonstração de interesse ou não pelas atitudes ou palavras do outro; o que se nota objetivamente e o que se sente ou intui; o interesse ou não com relação a coisas evidentes ou imaginadas (o evidente é evidente para quem?); preferências estéticas, éticas ou morais; esbarros de efeitos diversos a potencializar bons ou maus estímulos. Hoje se fala muito em astral, ou seja, clima de boas ou más vibrações... Quem ou o quê contribui para isso? Há muitas microdecisões a serem tomadas a cada instante. O que não é fruto do desejo e do poder sem limites do pensamento?   

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