Afastá-las,
simplesmente, da consciência é como promover golpes nulos e desagradáveis
estados futuros. Vivemos dificuldades inevitáveis, ambivalências e incompreensões.
Hoje, procuro entender a atitude que tem me afastado de eventos. Velórios, um deles.
Talvez pela razão de existir certa sociabilidade compreensível em que a nossa
presença tende a ser exigida. Agi da mesma forma com meu filho e meu irmão. Compreendo
que a neurose é minha, e nada tem a ver com desafeto. Como acontece para os
mais velhos, a vida já pregou peças de tristeza e alegria. Gostaríamos de somar
o que dá prazer e refresca a alma. Ponho em cadernos e blogs o que acredito ser
contribuição para um mundo melhor, com mais harmonia e estados de felicidade. Aí
também me desculpo. Felicidade, palavra que encerra corpo de verdades que servem
para uns e não para outros. Nada é acabado, e nada se sente eternamente. Fora da
consciência sobra pouca coisa. Listar imperfeições também implica no lance de reconhecer
algo de bom em nossas atitudes e ações. Pode ajudar no balanço rítmico e nas
correções. Muito ligados aos circunstancialismos cotidianos ficamos sujeitos ao
jorro dos condicionamentos. Estes, amarras que dificultam a movimentação para novas
vivências e outros estados de espírito. Como na letra da canção, vamos levantar,
sacudir a poeira e dar a volta por cima. O computador não deixa de ocupar, por
vezes, o lugar da tela de cinema ou da TV. Ajuda, não nos afastarmos dos livros
e dos filmes. Expressões em arte, literatura, fé, trabalho e linguagem articulam
elementos como palavras e imagens. Tanto já se disse sobre arte e vida que só
existir não basta... Vamos acrescentar o que está além, em outra dimensão, fora
de nosso “vale de lágrimas”, como dizia um velho amigo velho. (Dedico este pobre texto ao meu companheiro Vitor
Carvalho, pelo passamento do seu querido pai.)
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