Quando
falo em espiritualidade penso em transcendência, que se afigura como essencial
não só para uma vivência mais plena do cotidiano.
Reeducar
a sensibilidade a fim de propiciar nosso maior desenvolvimento, não só nas
interrelações humanas e com as coisas do mundo, mas nos mecanismos lógicos e
racionais.
Além
dos aspectos mais racionais e técnicos existe algo além das coisas concretas e
óbvias do mundo.
Filosofia
e ciência se beneficiam quando a mente se alarga com a ajuda da intuição, da fé
e do coração.
Existe
uma especialização míope só para ver o que está diante do nariz. No caso, a
percepção é parcial, com a consequente perda da qualidade de vida.
Transcendência
como “pecado” pertence àquela ótica obtusa que provoca a atomização da existência
pessoal.
É
quando se vira um consumidor exclusivo no cômodo apertado do próprio ramo de
tarefas ou na escolha de circunstancialismos como alimento prioritário.
Uma
acomodação passiva é a tendência quando o mundo deixou de ser fonte de novas
experiências e desafios.
Não
se trata de pura e idiota receita encarar a vida e as coisas do mundo como índices
de aprendizagem na linha evolutiva.
Nada
de patético quando se busca um sentido para o fato de estarmos no mundo. Este não
foi feito só para “desfazer” como canta o poeta em momento de pessimismo.
Tomar
como “sentido” a noção de que o mundo e a vida existem como escola, para a
evolução espiritual, é inteligente e desafiador.
A
consciência de que estamos vivendo momento caótico, de profunda confusão face a
valores, pode ser oportunidade para saltos especulativos sob a égide da fé.
Há
tipos de fé, no bem e no mal. Dentro da ética e da moral, de que não se faz aos
outros o que não queremos para nós, pode ser a gota d’água no incêndio da
floresta.
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