22/03/2014

CALAR OU NÃO CALAR



Quando a gente pensa não ser tão forte como imaginava, nem tão determinado, isso pode ajudar.
Sentir que se assume responsabilidade pelo proceder consigo mesmo... Parece que vamos ganhando novas forças.
Pensar que aborrecemos os outros nos leva a se aborrecer. Até achamos, de forma pessimista, que ninguém ajuda ninguém.
Ao chocar, talvez com verdades desagradáveis, o outro acaba por carregar você nos próprios afazeres diários.
Você sentir que é melhor se calar, pode ser útil. Mas só calar conduz a rachaduras. Sei que há outras formas, não verbais, de expressão...
Parece, às vezes, que tentam me evitar. E eu que pretendia ser um manto protetor de oferta de poder!...
Queremos que as pessoas sintam que a gente existe. Nas redes sociais e facebook é isso o pretendido?
Não agrada ser ignorado. Redistribuir forças e prazer, forma também de melhorar a autoestima.
Achar que encontrou o “caminho” pode ser enganoso. Sempre há mais de um “caminho”...
Muitos, desiludidos, preferem ver o campo minado para não se frustrar. O próprio ego tido como um valor inalienável.
Quando prefiro fazer arte, talvez seja por que me sinto assim. Arte aceita  transgressão. Que doa a quem doer.
Não se consegue passar a própria chave que abre portas de esclarecimento. O que me faz bem, necessariamente não é para meu interlocutor.
Minha atual reflexão pode servir de base para pessimismo. Sei também que, alguma angústia, pode abrir frestas de luz e ar.    

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