Em meu livro “A Arte
Grotesca”trato do imprevisto e do improvável. Quando se pensa indo no caminho
da ética e da moral pretendidas, com relação aos atos que afetam pessoas e instituições,
o movimento é o contrário. Aqui funciona o “vice-versa”também. Há o que
determina acertos contra aparentes adversidades. E existe o que chamamos de “Ninho
de silêncio”(outro livro que escrevi, a virar e-book). Muita omissão de nossa
parte face aos deslizes de caráter seja de quem for. No âmbito da política,
crenças e costumes, numa certa visagem, podem ser sérios obstáculos. Trata-se
de comportamentos condicionados no espaço/tempo históricos. Têm a ver com
ideologias de quaisquer índoles. “A morte das ideologias” é falácia. Muitas
causas perdidas ao abismo das impossibilidades. Mas acontece, por outro lado, de
sermos auxiliados pelo imprevisto e improvável. Mudança de cenário, a
incompetência de uns, e atos de adequação de outros, ocorrem nos processos cotidiano
e civilizatório. Difícil compreender destinos de pessoas e povos. Até o próprio
cabe a nós desvendar.
Os administradores públicos e
privados se autoinvestem no traje roto do poder não distributivo. Não ligam ou
não entendem que a fonte de qualquer poder emana de onde se dirige. É só haver
concentração de bens objetivos e subjetivos, recursos, dinheiro e informações,
para que ética e moral se tornem palavras vãs. Autoritarismos e padrões de
comportamento que apoiam uma suposta ordem institucional democrática, viram
agentes corruptores de almas e corações. Até visionários críticos chegam a cair
nessa lama. A quem anistiamos e a quem perdoamos pelos atos antissociais? A
começar por nós mesmos, destinados a ser protagônicos, qual o preço pelas
falhas acomodatícias? Estamos em condições de não abdicar das responsabilidades
humanitárias? Como fica a nossa própria vida face à cooperação e solidariedade?
Continuar a falar em “amor ao
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