Ao escrever, o que mais me interessa são
os humanos e os sentimentos. Por trás estão os valores, paradigmas injetados ou
escolhidos para orientar atitudes e comportamentos. O que se vê como certo ou
errado, incluindo-se a clivagem do bem e do mal. A grande dificuldade é
perceber as coisas em si mesmas. Busco uma visão capaz de integrar a natureza
aos atos e às razões. Como se tudo fosse um só, numa intuída sensação
totalizante. Nesta fase da minha vida sinto o cheiro da adolescência e dos anos
de um adulto sonhador e idealista, cujos pés procuram base sólida de apoio. De
preferência fora de crenças e partidos. Daí certo respeito às convenções de um
sistema, em grande parte, falido. Consciente de nossa fraqueza, vamos
aprendendo na escola da vida, por pior que pareça. Não temos outra, porém
vislumbramos oportunidades através de frestas por onde passa luz e ares da espiritualidade.
Não existe forma de reparação e restauro, a não ser pela vivência no amor. Se o
antes e o costume é falar nele, como
mantra separado de ações concretas, meu cajado exige respiro no cotidiano. Absorvê-lo nas ações. Sei que precisamos de
um norte, um roteiro na direção de nós mesmos. Pregar é fácil; difícil
exemplificar com passos e mãos. Templo e oficina se abraçam. Sutileza,
metodologia e beleza podem nos tornar menos teimosos e mais receptivos.
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