15/12/2013

DUVIDAR NÃO É PECADO

Há coisa pior do que alimentar preconceitos? Ao flagrar os dos outros, como ficam os nossos, conhecidos ou não percebidos? É quando precisamos de ajuda. Todos tivemos ou continuamos a ter mestres em nossas vidas. Gente que nos abriu olhos e ouvidos. O rumo que seguimos no presente tem pouco a ver com a originalidade de ações e motivos. Costumamos nos achar os tais na felicidade e vítimas na desdita. Difícil reverenciar o sol que aquece e ilumina caminhos de um ego inflacionado e cheio de empáfia. Ao vislumbrar o precioso e o desprezível, quase sempre, sentimos que o mérito nos pertence. O tributo maior é dos bondosos luminares que nos assessoram direta ou indiretamente. Voltando à questão dos preconceitos, existe um  bem mais tangível, talvez o de ser contra “coisas desconhecidas”. Acomodados no ramerrão do cotidiano e o apego estreito à própria especialidade, difícil considerar novas causas e novos efeitos. Pensar e refletir sobre possibilidades de alguma transcendência não é para qualquer um. O transcendente e o sobrenatural pertencem à categoria justificada de preconceitos.  Preconceitos de religiosos e racionalistas existem à saciedade. A vida concreta, de fatos e versões do que acontece, já representa assédio suficiente. Para que complicar com especulações extraterrenas? Costuma ocorrer que a gente seja devastado por perdas de pessoas queridas. Tenhamos a religião que for, enorme quantidade de pessoas busca ouvir sobre quem já não está neste mundo. Até ateus e agnósticos, ilustres pensadores e cientistas. Eis um mistério há muito desvendado. Bandeira branca que nos acena do além. Uma profusão de livros e relatos pessoais, locais de manifestações e mensagens do mundo invisível vindas de todos os cantos. Trata-se de algo sério para os homens de ciência, racionalistas e visionários. O que inclui embusteiros a serem desmascarados, ou os que tiram proveito financeiro, explorando ingenuidade e crendices. A isenção de tabus e preconceitos faz parte de quem cultiva a própria lucidez. A credulidade possui exageros e o ceticismo é o recurso dos acomodados. Sei que existe uma “dúvida metódica”até  saudável. Penso em cientistas que pesquisam na busca de uma “teoria final” que explique o mundo e a vida. A natureza possui mistérios a serem esclarecidos. Quem arregaça as mangas?    

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