
Você não se dá bem no grupo em que vive. Necessário um processo “curativo” para que as coisas mudem. Sei que é difícil. Surge a questão: Como vai sua relação com a própria consciência? Ela já foi conquistada?... Digo, a consciência... Só assim você consegue guardar a individualidade no meio social em que vive. Mesmo como indivíduo coletivo, você está sujeito à praga do orgulho. Ele vem quando se consegue algum sucesso. Sentindo-se com poder, astucioso você chega a abusar. De fato, agora merece ser castigado. Repense: Você já foi cruel, cínico e insensível? Depois, tornou-se mais sociável, corrigindo impulsos infantis e instintivos. Satisfeito, descambou para a hybris, autoimagem amplificada, orgulho excessivo. Quando o ser humano vai entender que quem comete deslizes já se puniu? Se a gente puder, deve tirar da pessoa condições para que cometa novos ilícitos. Como você se sente hoje? (Quando falo de fora, o alvo sou eu próprio.) Já teve a sua fase gloriosa, socialmente aprovada. Até enaltecida? Você se sentiu ou não um exibicionista egocêntrico? Neurótico, todos somos, sujeitos a falhas até lamentáveis. Sem o desejo de persistir no erro, já é alguma coisa. Buscamos o amor? Vemos nele a integração natureza/espírito?... No mais elevado sentido destas palavras? Sobre o poder que se concentra, me ocorre que renunciar a ele pode ser maneira de não se destruir. O desafio da vida é nos levar a conhecer tanto o mal quanto o bem. Não esqueça que o mal e o bem vivem em nós. Sentimento e pensamento estão ligados um ao outro. Para não sucumbir, necessário extrair forças do próprio lado escuro da personalidade. É quando a sombra vira aliada. Ainda bem que a gente pode descobrir que também possui instintos normais e impulsos criadores. Há maior felicidade do que a do momento de criação? Não abandone atos rituais: Eles chegam a produzir um sopro de vida em momentos de apatia e depressão. É isso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário