
Aquele meu jeito de devolver o que leio ou escuto, até pirateando. Lembro Julian Marias e Lauro de O. Lima, quando diziam que se forem pôr aspas no que não lhes pertence, quase tudo que escrevem seria grifado. Vamos lá. Estética não é só sensibilidade, mas sobretudo espiritualidade. Existe uma maravilhosa comoção para a qual o entendimento não tem conceito e a linguagem não tem nome (Schiller). Estabelecer o elo entre o intelectivo e o sensível... A zona intermediária é o estado estético – o médium. É que estendo o termo sensibilidade (estética) também para outro – espiritualidade. Evitar esta palavra pela conotação de seita, religião? Ela não implicaria em abertura face ao preconceito? Suprimir ou pôr de lado o termo tem a ver com perda de maior autonomia, liberdade? Acredito que o caminho para a verdadeira moral, baseada na liberdade, inclui a noção de espiritualidade. Assim se partiria da totalidade de caráter, a sensibilidade e a espiritualidade. Empatia com o objeto estético e fenômenos espirituais além de, ao mesmo tempo, manter saudável distância. O problema são as mistificações¸ os fundamentalismos. Aqui o emotivo e o contemplativo. Penso que no desenvolvimento do estado que intermedia o existencial e o espiritual, essa capacidade de aproximação e afastamento precisa ser levada em conta. Fora da espiritualidade não se está completo. Fora da espiritualidade... É o medo!
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