11/01/2011

BELEZA, PROFECIA E PACIÊNCIA

Para muitos, a estética, ainda é coisa para os críticos de arte. Estética e psicologia vistas como diferentes. Para os gregos e outros, é sensibilidade. João-Francisco Duarte Jr. é quem aprofunda o assunto.
Você, como vítima, achar que lhe estão obstruindo o caminho pode ser uma forma de não ouvir a própria voz interior.
Há obras (Ulisses, de Joyce?) em que se pergunta: O livro tem um conteúdo? Representa alguma coisa?
Joyce e Freud, como profetas negativos, olham para o sombrio do mundo.
Confesso que parei nas primeiras cinquenta páginas do Ulisses (ao todo são 735). O lado sombrio do mundo não me desperta interesse. Não obstante, importante trazer à superfície o que pode libertar quem está preso não só ao sentimentalismo mas ao próprio sentimento normal.
Meu interesse maior não é por causas e efeitos, mas por contextos.
Há quem observa que o que não vai bem, sempre tem por responsável o pai ou o governo. Problemas familiares e sociais costumam ser debitados à falta de proficiência de outros e não de si próprio.
As drogas liberam o bom e o mau. Penso nos lícitos álcool e cigarro, as mais difundidas, e que mais destroem. Carregam também pequena aura de luz. Ao perceber isso, não se justifica a autodestruição.
Vejo beleza em certas simetrias. Coisas aparentemente de um neurótico histérico. A posição de móveis e objetos, a pura contemplação de coisas e a leitura de ideias escritas (a revisão de originais pode não ter fim). Tal atitude, porém, chega a ajudar no reencontro da alegria e do otimismo, ainda que passageiros e efêmeros.
Destaque a própria beleza e a alheia – tipo de atenção que não se deve perder. E que tal enfrentar o mundo com paciência e tranquilidade?...

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