29/10/2016

RESPONDER OU PERGUNTAR

Como é possível conhecer-se se uma psique não esgota a compreensão de si? O autoconhecimento é processo, ou seja, não possui estação de chegada. Além de seres pensantes somos também quem age no mundo. Relação com outros humanos, com os animais, as plantas, as coisas, os fatos e os acontecimentos. Comunicação por meio da linguagem (oral, gestual, ações). Linguagem e significação não podem ser separados. Na arte, por exemplo, existe uma especificidade. Cada artista ou filósofo tem uma maneira própria de se expressar. Há linguagens e personalidades desafiando o prazer de pensar por si mesmo. A concepção de realidade pode se enriquecer ou empobrecer a partir da linguagem utilizada. Na vida de relações ainda temos o rumo de cada um. A linguagem filosófica não é algo a ser canonizado. Não existe outra capaz de ser traduzida de forma unívoca. Assim como não há indivíduo padrão para traduzir qualquer outra pessoa. Nessa hora morrem as palavras. Pode-se dizer que a linguagem filosófica adentra toda a nossa existência, podendo enriquecê-la ou não. Há governos totalitários ou democráticos sendo que, como no caso do yin e do yang (filosofia oriental), um polo contém o oposto, embora um seja, primeiramente, o paradigma. Podemos renovar nossa filosofia de vida. Mudá-la e enriquecê-la. Dominá-la como um Da Vinci, um Mozart, um Drummond, um Proust, um Gabeira. Expressão tudo é: políticos acenando para outro, dizendo maravilhas da própria família, cometendo atos ilícitos, mentindo; uma mancha, um traço, um ruído, um grito, qualquer coisa. Isso tudo pode pressupor linguagem, mas não representa coisa elaborada. Cabe à Filosofia dar a resposta, embora prefira perguntar.

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