Como é possível conhecer-se se uma psique não esgota a
compreensão de si? O autoconhecimento é processo, ou seja, não possui estação
de chegada. Além de seres pensantes somos também quem age no mundo. Relação com
outros humanos, com os animais, as plantas, as coisas, os fatos e os acontecimentos.
Comunicação por meio da linguagem (oral, gestual, ações). Linguagem e
significação não podem ser separados. Na arte, por exemplo, existe uma
especificidade. Cada artista ou filósofo tem uma maneira própria de se expressar.
Há linguagens e personalidades desafiando o prazer de pensar por si mesmo. A
concepção de realidade pode se enriquecer ou empobrecer a partir da linguagem
utilizada. Na vida de relações ainda temos o rumo de cada um. A linguagem
filosófica não é algo a ser canonizado. Não existe outra capaz de ser traduzida
de forma unívoca. Assim como não há indivíduo padrão para traduzir qualquer outra
pessoa. Nessa hora morrem as palavras. Pode-se dizer que a linguagem filosófica
adentra toda a nossa existência, podendo enriquecê-la ou não. Há governos
totalitários ou democráticos sendo que, como no caso do yin e do yang
(filosofia oriental), um polo contém o oposto, embora um seja, primeiramente, o
paradigma. Podemos renovar nossa filosofia de vida. Mudá-la e enriquecê-la.
Dominá-la como um Da Vinci, um Mozart, um Drummond, um Proust, um Gabeira.
Expressão tudo é: políticos acenando para outro, dizendo maravilhas da própria
família, cometendo atos ilícitos, mentindo; uma mancha, um traço, um ruído, um
grito, qualquer coisa. Isso tudo pode pressupor linguagem, mas não representa coisa
elaborada. Cabe à Filosofia dar a resposta, embora prefira perguntar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário