21/02/2016

Não precisar crer. O que já é, basta incluir.

A beleza e a moralidade. Esboço de ideias, por vezes repetidas, ou com sutis diferenças, intuídas do “credo” de Emanuel Darley e subscritas por E. Barsanulfo. Extraí de forma intuitiva o que chega a ser chamado de “hipotipose” (em filosofia). Procurei seguir a linguagem de até 140 caracteres para postagem no Twitter e Facebook.

Estamos na aurora da vida consciente.

A verdade depende de tempos e lugares.

Toda revelação, embora perturbe, é progressiva. A verdade se desvenda sempre.

O esquecimento temporário do passado (ponha passado nisso), é condição indispensável de toda provação e de todo progresso.

O ser humano é aquilo que se fez. Nasce com débitos e créditos.

Toda vida culposa deve ser resgatada; toda falta cometida, todo mal causado é dívida contraída.

Sofrimento não é resultado do acaso. Toda lágrima lava algo;  dor e culpabilidade são sinônimos.

Estados de alma: entrar ou sair deles, cabe a cada um.

O inferno não é um lugar, mas uma condição de ser, um estado de alma.

A alma transporta em si mesma as consequências dos próprios atos.

Não há ato útil sem proveito, falta sem sanção. Nenhuma ação se sonega.

Tecemos em volta de nós o próprio destino.

Por nossa marcha presente, a marcha que seguiremos mais tarde.

Existem um inferno e um paraíso filosóficos, ligando causas além, e aquém do tempo.

Justificar a própria existência pelas ações mais do que pela fé.

Necessário batalhar para o desenvolvimento do espírito.

A verdadeira vida não é a que multiplica os gozos.

A felicidade deve ser merecida. O preço: ser adquirida, não concedida.

Justiça, sabedoria, virtude – na marcha do mundo, tanto quanto a realidade física.

Tudo se liga, aos pontos de vista moral e físico; e na ordem dos fatos, dos mais simples aos mais complexos.

Os mundos espiritual e material, ambos solidários.

Há uma ligação entre todas as coisas do mundo. Tudo interagindo e sofrendo influência.

A ascensão dos seres ocorre numa progressão contínua. Transportes, recuos, crises e as sanções consequentes.

A evolução não tende a se dar numa dinâmica puramente vertical e de atos puros.

Todo ser humano é um resumo de existências anteriores. Compõe vários personagens, formando um só.

A vida cresce no fluir de transformações. Até corpos em decomposição seguem essa lei.

Todos são a alma que vive, que viveu e que deve continuar vivendo.

Temos tantos degraus sobre a cabeça como abaixo dos pés.

Todos os humanos têm origem, destino e aspiração comuns.

Um destino humano tem alguma coisa a cumprir, um progresso a realizar.

Tudo rola, prolonga-se e se renova.

Estados sucedem a outros estados, de uma coisa a outra.

Nada se perde. Tudo é uma metamorfose, uma transformação necessária, um renovamento.

Tudo tem a sua razão de ser, seu alvo, seu fim.

(Hipotiposes – conceitos de forma intuitiva – postadas no Twitter e Facebook, 10/2/2016.)


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