Evolução: Ou se pensa nela como “a origem das espécies” (Darwin), ou como progresso humano em termos psicológicos e espiritualistas.
Quanta distorção ao considerá-la a partir de crenças fechadas, dogmas religiosos e do cientificismo.
Sob o prisma da psicologia analítica, evolução talvez possa ser compreendida por “individuação”, palavra não presa a raciocínios normativos e mecanicistas.
Um cuidado a propor: Não ver individuação como sinônimo perfeito de evolução, mas segundo algo mais extenso e rico.
De acordo com Marcelo Leite, colunista da Folha: “Todos os seres vivos descendem de um ancestral comum e suas diversas espécies surgiram por lenta acumulação de diferenças que, sendo favoráveis à sobrevivência e à reprodução do organismo, permanecem nas gerações seguintes”. Revolução que dura até hoje.
De acordo com Jung, todo ser tende a realizar o que existe nele em germe, a crescer, a completar-se. Assim é para a semente do vegetal e para o embrião do animal. O mesmo para o homem, considerando seus corpo e psique.
O desenvolvimento das potencialidades humanas, embora impulsionado por forças instintivas inconscientes, pode tornar-se consciente. É quando se consegue influenciar o próprio desenvolvimento.
Sugerimos incorporar o conceito reducionista de evolução ao aspecto mais dinâmico da individuação. Colaboração entre ambos, amadurecimento dos diversos componentes da personalidade. O homem se evoluindo por inteiro. Todo indestrutível num indivíduo.
Mas não imaginem que o processo seja fácil, linear. É movimento de circunvolução. Bolinha, cuja principal tendência é ascender, subindo e descendo numa espiral.
Consciente e inconsciente unidos, numa síntese. A totalização da personalidade, tal o jogo de variáveis e intervenções do ego consciente, tantas as vicissitudes que podem ocorrer...
O caminho é é reto e curto, de chão batido. O percurso , longo e difícil.
Individuação não quer dizer perfeição. O desejo de completar-se é outra coisa. Inclui tendências opostas, até com o bem e o mal, o escuro e o claro.
Nem significa individualismo. O homem estará meramente realizando as particularidades de sua natureza. Muito diferende de egoísmo, pois se consideram os componentes coletivos da psique humana – conteúdos do inconsciente coletivo. A pessoa se prepara para melhor funcionar dentro da coletividade.
A estrutura básica da vida psíquica de um indivíduo é a mesma estrutura básica de todos os humanos. Aqui derrapam os preconceitos discriminatórios da área que for: étnica, socioeconômica, psicológica, de gênero, entre pessoas (às vezes de uma mesma família).
Sentimentos de orgulhosos privilégios (inclusos os de conquistas pessoais), sentimentos individualistas, não são fomentados. As relações interpessoais tendem a mudar. Tudo graças ao desenvolvimento da personalidade.
(blogs ipansotera e facebook, 12/11/15)
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Quanta distorção ao considerá-la a partir de crenças fechadas, dogmas religiosos e do cientificismo.
Sob o prisma da psicologia analítica, evolução talvez possa ser compreendida por “individuação”, palavra não presa a raciocínios normativos e mecanicistas.
Um cuidado a propor: Não ver individuação como sinônimo perfeito de evolução, mas segundo algo mais extenso e rico.
De acordo com Marcelo Leite, colunista da Folha: “Todos os seres vivos descendem de um ancestral comum e suas diversas espécies surgiram por lenta acumulação de diferenças que, sendo favoráveis à sobrevivência e à reprodução do organismo, permanecem nas gerações seguintes”. Revolução que dura até hoje.
De acordo com Jung, todo ser tende a realizar o que existe nele em germe, a crescer, a completar-se. Assim é para a semente do vegetal e para o embrião do animal. O mesmo para o homem, considerando seus corpo e psique.
O desenvolvimento das potencialidades humanas, embora impulsionado por forças instintivas inconscientes, pode tornar-se consciente. É quando se consegue influenciar o próprio desenvolvimento.
Sugerimos incorporar o conceito reducionista de evolução ao aspecto mais dinâmico da individuação. Colaboração entre ambos, amadurecimento dos diversos componentes da personalidade. O homem se evoluindo por inteiro. Todo indestrutível num indivíduo.
Mas não imaginem que o processo seja fácil, linear. É movimento de circunvolução. Bolinha, cuja principal tendência é ascender, subindo e descendo numa espiral.
Consciente e inconsciente unidos, numa síntese. A totalização da personalidade, tal o jogo de variáveis e intervenções do ego consciente, tantas as vicissitudes que podem ocorrer...
O caminho é é reto e curto, de chão batido. O percurso , longo e difícil.
Individuação não quer dizer perfeição. O desejo de completar-se é outra coisa. Inclui tendências opostas, até com o bem e o mal, o escuro e o claro.
Nem significa individualismo. O homem estará meramente realizando as particularidades de sua natureza. Muito diferende de egoísmo, pois se consideram os componentes coletivos da psique humana – conteúdos do inconsciente coletivo. A pessoa se prepara para melhor funcionar dentro da coletividade.
A estrutura básica da vida psíquica de um indivíduo é a mesma estrutura básica de todos os humanos. Aqui derrapam os preconceitos discriminatórios da área que for: étnica, socioeconômica, psicológica, de gênero, entre pessoas (às vezes de uma mesma família).
Sentimentos de orgulhosos privilégios (inclusos os de conquistas pessoais), sentimentos individualistas, não são fomentados. As relações interpessoais tendem a mudar. Tudo graças ao desenvolvimento da personalidade.
(blogs ipansotera e facebook, 12/11/15)
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