24/08/2014

O COELHO E A CENOURA



Espécie de organograma de funções. No vértice superior a palavra “teoria”. Várias pessoas com a liberdade de escolher o papel a desempenhar. Eu me antecipo, optando por “teoria”. Interesse maior pelos pressupostos das escolhas e sua aplicação. Qual a teoria que está por trás? Inatismo, condutismo, interacionismo – enfoques psicológicos presentes nas atitudes e no comportamento humano. Estou voltado para uma práxis. Meu interesse por teorias foi pensando em torná-las vivenciais. Isso se deu, quando na faculdade me interessei pelo estruturalismo, aulas de Marilena Chauí. Ver as coisas em bloco, relações de vizinhança e diferenças mais do que semelhanças. Merleau-Ponty e a dialética sem síntese (como em G.W.G. Moraes, com sua Programática). No par de opostos, eles interagem. Temos que optar na relação abrangente/agente. Abrangente, paradigma; agente, problema a ser atacado. No espaço-tempo a ordem pode mudar. É quando se busca maior adequação racional e entra a ética. Aprendi também com Piaget. Lauro de Oliveira Lima  aplicou a psicogenética na sua teoria de dinâmica de grupo. Eu, meu irmão Denizar, Roberto Pupo e Brito Caiado trabalhávamos com grupos de sensibilização. Teoria pela teoria, visão epistemológica, eu deslocado, calcanhar de Aquiles, quando cursei filosofia na USP. Na minha visão teórica entendi que ao comer uma cenoura o coelho vira cenoura e a cenoura vira coelho. Aqui o Piaget pedagogo, contestado pelos que o veem só como epistemólogo.  Meu paradigma na ação pedagógica: autonomia individual e interação social. Você assimila e também influencia o meio, cultivando a própria individuação. Individuação: conceito junguiano, a pessoa como indivíduo coletivo, espécie de semente a se transformar em árvore adulta. (Depois do sonho de 17.8.2014.)

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