Vivemos de lembranças, mas elas não
devem nos sufocar. O problema é quando nos tiram do “estar aqui no agora”. Das
que lembramos há as que nos ferem menos e as que nos embrulham em pensamentos
até nebulosos. As que nos animam têm a ver, por exemplo, com boas mudanças regadas
pelo amor e pela solidariedade. Dias de
ontem e os de hoje, quando a consciência se vê enriquecida pela moral e pela ética.
Ética tem a ver com princípios, e moral com ações praticadas.
Dos bens e males vividos, para quem
gosta de aconselhar, vale não dispensar emoções e dados reveladores do próprio
papel de ser humano. Inclui o negativo e o positivo. Não se omitir na pretensão
de demonstrar superioridade. Isso é pobreza moral. A busca de maior
autenticidade e transparência sinaliza que ninguém é perfeito num mundo que
muito deixa a desejar. Não há seres impolutos, nem mesmo os considerados
santos. O sagrado e o profano são pratos da mesma balança humana. O perigo é
projetarmos nos outros responsabilidades que não assumimos. Sem envolvimento,
sentindo e pensando o que o outro sente e pensa, não ocorre entre pessoas um
verdadeiro encontro existencial.
Necessário carregar nossas decisões
por valores éticos e condutas morais. Cabe a questão: como isso se
operacionaliza? O mais essencial com relação a paradigmas pode advir da ajuda
de luminares lidos e ouvidos. Fora de “ismos” temos os ensinamentos de Jesus. “Ismos”
já implicam em degeneração de processos mais importantes. Quem nos abre a mente
e o coração, em geral, está fora das igrejas e corporações hierarquizadas.
Aqui, o comando é mantido pela consciência da culpa e do pagamento de tributos.
Avidez por novos caminhos recomendam boas leituras e contato com mentes mais
espiritualizadas e desprendidas das benesses materiais.
Desconfie do ato de só se queixar,
como se as coisas não tivessem remédio. O primeiro passo para a melhora está em
nosso metro quadrado. Corpo e espírito exigem especial atenção a todo momento.
O que não estiver bem aqui é projetado no mundo e nas pessoas. São desculpas,
reprovações e exigências por servidores. Responsabilidades requerem altos
níveis de interesse e energia. Por vezes, alguma transcendência. Profunda é a
satisfação por sentir o próprio progresso no desafio e excitação ao criar novos
procedimentos que nos beneficiam como seres autônomos, interativos, amorosos e
solidários.
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