14/04/2014

JESUS E OS “ISMOS”



Vivemos de lembranças, mas elas não devem nos sufocar. O problema é quando nos tiram do “estar aqui no agora”. Das que lembramos há as que nos ferem menos e as que nos embrulham em pensamentos até nebulosos. As que nos animam têm a ver, por exemplo, com boas mudanças regadas pelo amor e pela solidariedade.  Dias de ontem e os de hoje, quando a consciência se vê enriquecida pela moral e pela ética. Ética tem a ver com princípios, e moral com ações praticadas.
Dos bens e males vividos, para quem gosta de aconselhar, vale não dispensar emoções e dados reveladores do próprio papel de ser humano. Inclui o negativo e o positivo. Não se omitir na pretensão de demonstrar superioridade. Isso é pobreza moral. A busca de maior autenticidade e transparência sinaliza que ninguém é perfeito num mundo que muito deixa a desejar. Não há seres impolutos, nem mesmo os considerados santos. O sagrado e o profano são pratos da mesma balança humana. O perigo é projetarmos nos outros responsabilidades que não assumimos. Sem envolvimento, sentindo e pensando o que o outro sente e pensa, não ocorre entre pessoas um verdadeiro encontro existencial.
Necessário carregar nossas decisões por valores éticos e condutas morais. Cabe a questão: como isso se operacionaliza? O mais essencial com relação a paradigmas pode advir da ajuda de luminares lidos e ouvidos. Fora de “ismos” temos os ensinamentos de Jesus. “Ismos” já implicam em degeneração de processos mais importantes. Quem nos abre a mente e o coração, em geral, está fora das igrejas e corporações hierarquizadas. Aqui, o comando é mantido pela consciência da culpa e do pagamento de tributos. Avidez por novos caminhos recomendam boas leituras e contato com mentes mais espiritualizadas e desprendidas das benesses materiais.      
Desconfie do ato de só se queixar, como se as coisas não tivessem remédio. O primeiro passo para a melhora está em nosso metro quadrado. Corpo e espírito exigem especial atenção a todo momento. O que não estiver bem aqui é projetado no mundo e nas pessoas. São desculpas, reprovações e exigências por servidores. Responsabilidades requerem altos níveis de interesse e energia. Por vezes, alguma transcendência. Profunda é a satisfação por sentir o próprio progresso no desafio e excitação ao criar novos procedimentos que nos beneficiam como seres autônomos, interativos, amorosos e solidários.

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