Sob
o tema “Carnaval, Cinema e Vida” continuam nos meus blogs as postagens
motivadas pela safra de filmes do Oscar 2014. Compilação de análises por mim
articuladas sem pretensão de ineditismo. Vejo a importância do cinema para temas
relevantes. É fonte de reflexão, por vezes superando a intelligentsia. O carnaval cada vez mais novo em formas e cores e o
estilo, puro estardalhaço de entretenimento e alegria. Monumentalidade dos
carros alegóricos concorrendo com a grandeza silenciosa das pirâmides. Desafiam
ousadamente as alturas, metáfora de uma opulência almejada. No Oscar, o velho
cinema em oposição ao novo, os blockbusters na crise de um presente veloz e
altissonante. Estamos na perda estética por falta de maior sentido para os
sentidos. Agora, alguma luz talvez no difícil acesso à compreensão do homem
como figura social protagonista. A juventude presa aos aparelhos e à fixação em
qualquer resultado. Sem afago emocional, cinema merecedor da maior atenção,
fora da explosão dos ouvidos e do oba-oba conhecido. Quem pensa, por exemplo,
no extraordinário lixo espacial, sério problema para a astronáutica e nós aqui
da Terra? O filme “Gravidade”, movido pela tecnologia, de Alfonso Cuarón,
focaliza a “relação física entre o homem e o espaço” (Inácio de Araujo) na fase
atual das produções de Hollywood. Num mundo capitalista, a falta de escrúpulo
em “O Lobo de Wall Street”, de Martin Scorsese... Outro tema, muito a
propósito, é o da escravidão e a contundência histórica, o que se estende para
o nosso e o mundo global: “12 anos...” Atores e homens que se transformam
(“Clube de Compras Dallas”). Imagino serem os deuses cineastas. Dramas que têm
a ver com histórias reais (“Capitão Phillips”). Beleza e tristeza pelos filtros
do Instagram (“Ela”). Eu, que me envelheço com cores, aprecio o preto e branco
do filme “Nebraska”. O surpreendente (“Philomena”). A bizarrice com tiques e
acessos (“Trapaça”). O cinema nos ensina a ver.
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