16/10/2012

ENTRE O SANTO E O CHATO

Luta gloriosa, a do autoconhecimento! Na linha do pensar fora de amarras impostas de fora,  são as revelações por esforço próprio. Lauro de Oliveira Lima, um dos meus mestres e amigo, tinha um capítulo em seus seminários – o das “aulinhas”, matéria para estudo e debate. Arrisco ilustrar com um desses desafios: “o mundo espiritual não é espírita” (Inácio Ferreira). Inácio nos ajuda a desvendar isso. A legítima pureza doutrinária é o amor. Da mesma forma que se fala que o mundo espiritual não é espírita, nem aceita qualquer rótulo religioso, é bom que se entenda que o papel da desencarnação não é santificar. Aprendemos  que a natureza não dá saltos, nem Deus joga dados (Einstein). Vícios, hábitos perniciosos, inclinações infelizes, distorções de caráter devem ser trabalhados ao longo das existências nas dimensões habitadas pelo espírito. Para não complicar, por enquanto, vamos pensar em só duas. O cá e o além. A fala  do escritor Guimarães Rosa de que a pessoa ao morrer fica encantada, é mais poética, sem a conotação de que se vira santo, ou quem, ao desencarnar, adquire exselsitude. Como reparação, imagino o chato que é  contrariar os próprios interesses. Eis a proposta que, em primeiro lugar, fazemos a nós mesmos.

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