26/01/2012

Ipansotera 3

26/01/2012

VIRAR HERÓI?

O que é modificável é a criatura

Registro da própria história. No filme que protagonizei, “Herói”, de Thiago Ricarte, para o personagem agonizante vejo a igualdade como perigosa. Fugir dela com um ranger de dentes. Morre-se para o limbo, na medida em que não nos distinguimos. Vida em que houve empenho do próprio ser, nos tornamos “criatura”. Ela é mais importante do que os seres criados. Só que tudo possui individualidade e não-individualidade. Individualidade equivale a criatura. É única. Essencial. De fato, não adianta pensar nisso, nem falar nisso. Meses após a fase de edição do curta parece que o filme me fugiu da memória. Lembro apenas algumas cenas. Perdi a sequência narrativa, e me recuso a pegar o script. Nem vi, depois de dois cortes, a versão final. Agora, eu o assistirei como um espectador tabula rasa. Vai passar amanhã no festival “6º Curta de Atibaia”. Arrisco uma mensagem: Temos que ultrapassar nossa própria natureza para não nos afastarmos da criatura que somos. A morte está em sermos iguais a todo mundo. Devemos nos empenhar em nosso próprio ser.

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