19/05/2011

OS “SI” DA VIDA


Palavras em homenagem ao querido amigo Sylvio Ramos da Costa. Com elas substituo o elegíaco que havia preparado.
Vou lendo, lendo, e escrevendo... Acho que dá samba. Tolstói, Wolfram Von Eschenbach (Parcifal), Inácio Ferreira/ Baccelli. Ao mesmo tempo. Eu, na minha pré-operatória... Escrevo, escrevo... Respostas esperadas para os meus amados leitores, elas, provisórias, me sobram. A sina de um estudo livre, prazeroso. Depois de anos como professor, neste subemprego que todos conhecem. Estar professor não é negócio, é vocação. Dá gosto viver assim no meio de palavras, presente-passado-futuro num compadrio. Imagens visuais que gerei contam a minha história. O futuro é certo: mergulho mais profundo na espiritualidade. Estou me instruindo. Sócrates disse que o mais importante é estar preparado... para o futuro. Digo assim, contornando alguma morbidez. Não adianta. Sou mais operatório quando uso as mãos e as pernas, o corpo. Felizmente, para quem durante anos foi um esportista (instrutor de tênis) e ativista (quando ecologia era uma palavra cega). Sempre gostei de dançar; hoje, bailarinas são as palavras (como disse alguém). Faço uma vez por semana yoga kundalini. Maria, eu, a neta Camila, na casa da Carol, minha filha, com a dedicada Tamara. Acredito que meu lado teórico possa também ser prático. A educação do sensível é mais do que palavras para curtir. Estudo João-Francisco Duarte, meu mestre atual. Outro, antes, Heráclito, tinha uma visão estética da vida. Tolstói, grande escritor e pensador, falou e disse... Curto o livro “Os últimos dias de Tolstói”. O sistema de poder expulsou-o da vida social, único terreno que vale a pena cultivar... sem “agrotóxicos”. Quando se fala em verdades, a única é a de não fazer aos outros o que não se deseja para si e amar aos outros como a si mesmo... Dois “si” que tudo resumem. Alicerce sem o qual nenhuma religião se edifica de modo válido. O mais são iluminuras escapatórias, fujindo dos confrontos existenciais, forma de alimentar o poder escravizante. Também para os que são artistas, a dor é a porta derradeira. Acabei falando mais de mim, como sempre. É quando não tiro os pés do chão, quero dizer, do autoconhecimento.

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