10/12/2010

O ARTISTA

Nem sempre nossos sentimentos são aceitáveis pela própria consciência.
Desejos egoístas são surpreendidos em outras pessoas. Os mesmos, pouco aceitáveis, que existem em nós.
Trocar uma palavra por outra, involuntariamente, podendo ocorrer ao trair sentimento oculto.
Mais fácil iluminar a cidade, do que a própria casa. Muita gente insinua nos outros o que não põe em prática.
Tendo vivido intensas experiências internas, resta criar atmosfera psicológica misteriosa, obscura.
Pessoa múltipla e que se esquiva como o que provém do mais profundo inconsciente.
Há palavras, manchas e traços que se proclamam independentes nas obras de grandes artistas. Valem por si mesmos.
Diante de uma obra de arte, pictórica ou literária, por vezes teremos de renunciar a conceitos, deixando-se penetrar pelos símbolos.
Há uma arte dos sentidos e uma da imaginação.
Certas características de uma obra, necessariamente não as explica.
Ao resistir, muitas vezes, à interpretação de uma obra, sei que isso tem a ver com o desconhecimento da história de vida do autor.
Os conflitos do artista e sua problemática emocional são decisivos para o conhecimento de uma obra?
Dúvidas, pelo menos, são coisas menos autoritárias.
Diz Jung: “O artista é um homem coletivo que exprime a alma inconsciente e ativa da humanidade!”.
Tornar mais acessível as fontes profundas da vida...
Você vê o artista a partir dos condicionamentos que fundamentam sua obra ou como um produtor transpessoal?
Jesus disse a Nicodemos que é preciso nascer outra vez para ter acesso ao mundo do espírito. Penso que podemos renascer em vida.
Em cada obra é como se o artista renascesse.

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