10/10/2012

CRENÇA E VIOLÊNCIA

Continuar vivendo, parece o grande desafio, assim como dar sentido à própria existência.
De um lado a fé; de outro, a ciência... Ou crença e ciência, religião e ciência, ambas exigindo boa dose de fé. Fé, no sentido de a pessoa  acreditar no que pensa e  realiza.
No mundo orgânico e inorgânico, no infra-atômico e no macrocosmo, quanto no dos organismos vivos há leis, ainda que nem todas as perguntas tenham sido respondidas.
Ao crer em Deus, as questões encontram resposta. Ou nem sequer são formuladas.
Na vida, vamos aprendendo que há limites razoáveis para nossas ações.
Sentir-se ofendido naquilo que a gente preza e cultua, não justifica  atos de agressão e vandalismo.
O que nos abala deveria levar a uma atitude introspectiva face aos próprios conceitos e valores. Talvez nossa crença não seja tão profunda a ponto de nos fortalecer o suficiente. Ela geraria certo fundamentalismo ou preconceito capaz de transformar uma indignação razoável em fúria sagrada. É quando nos revelamos fracos e sujeitos a comportamentos insanos.      
Para que se entenda, é simples. Quem se diz adepto de valores de respeito humano não deveria fazer ao outro o que não quer que lhe façam. Preceitos que dão significado à existência e nos animam a continuar vivendo deveriam ser respeitados. E quando não, por motivos emocionais ou racionais, se o outro é agredido, caberia refletir sobre o que detona atos impensados. O condicional “caberia” tem a ver com minha preocupação em não ficar à margem do que preconizo.
Não existe fé que se justifique sem que seja raciocinada. O primeiro alvo do arqueiro é ele próprio. E claro: Nada é mais eloquente do que o  exemplo. Eis o que nos propomos. 

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