20/09/2012

QUANTOS PASSOS?

Nossas memórias em passos. Desde acidente ou crise que nos atinge. Gosto pela literatura, no mesmo patamar que o amor pela família. Viver sem uma ou outra, no momento me parece inconcebível. Empenho como escritor e empenho como pai e marido. Minha mulher, hoje, se queixou de pouca convivência social, a gente sem amigos que nos visitem. Também, não costumamos fazer visitas. Ela, Maria, mais proficiente do que eu com filhas, netas e bisnetas. Para mim não há vida plenamente vivida fora da família... e da literatura. Meus textos para blogs e livros ajudam na conversão de sentimentos num equivalente intelectual, como diz Diogo Mainardi. Ele cita Proust: “A vida verdadeira, a única vida plenamente vivida, é a literatura”. O romance, original de anos em processo, “Manjar Branco no Asfalto”, que comecei a escrever depois de capotamento em que quase perdi um braço, é sobre o meu passado. Interpretação de sentimentos transformados em ideias.

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