19/01/2012

CONHECER A SI MESMO


Para uma volta às origens, não se precisa sair do próprio continente civilizado e civilizatório. Deixar de ser ocidental ou oriental por algum tempo, pode acontecer no mundo em que se vive. Entendo que a mudança de espaço pode ajudar. O sensorial e o sensível aceitam novas adaptações. Jung deixou a Europa, pelo período que passou na África e na Índia. Ele buscava a individuação (quando a semente vira árvore adulta), parte essencial do seu processo de crescimento. Momento em que se tornam conscientes conteúdos inconscientes. O passado no presente, sem a obsessão por limites de lá e de cá. O inconsciente, grande esfera e o minúsculo ponto que é a consciência, precisam de uma ponte que os una. Através de sonhos e vivências primordiais passamos a perceber melhor a escola da existência, o quanto desaprendemos e o quanto ainda precisamos aprender. O mais qualificável, sem categorias fixas de espaço-tempo. Sem a preocupação com funcionalidade e resultados. A gente e objetivos, uma coisa só, assim como o ter e o ser. Importa mais o não causal, linear e cronológico: a circularidade mandálica. A mandala é uma imagem, símbolo da centralização da personalidade em situações perturbadas e de indecisão. Constela um esquema equilibrador. Está acima do caos. Revela caminhos. Pessoas em crise podem desenhar mandalas (círculos em forma de olho, também quadrados). Jung o fazia antes do encontro com doentes em hospital psiquiátrico dirigido por ele.

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