Ipansotera é um blog de pensamentos. Mesmo em recados há a intenção de promover uma interação reflexiva. Não existe fundo ideológico fechado. O conteúdo são vislumbres de quem vê a vida como aprendizagem do espírito. O autor acredita na interatividade mais do que em afirmações inatistas e comportamentistas.
13/10/2011
VOCÊ ESCOLHE
Lembrando o jovem que fui e pensando nos que hoje têm menos de 30 anos, a gente se sente defasado. Difícil o papo entre gerações. Vida em dois séculos. As sementes de um chegam a germinar no outro? O que aconteceu com o sexo, os costumes, a ideologia? E as religiões? Cristianismo é bandeira para paz ou guerra? Nunca ouvi tanto a palavra “fundamentalismo”. Significa intolerância? Quem pensa em revolução? Quanta coisa foi para os arcos-da-velha? Poucos querem mudar o rançoso dos hábitos. Clima de velocidade e um mínimo de reflexão. O ouvido aberto para altos decibéis? Velocidade nas pernas, mãos, quase tudo muito circunstancial. A chamada vida-atual-dos-fatos absorve no dia-a-dia. Parece que ninguém busca significados, o sentido do que acontece. Ao viver, aonde se desemboca? Num prado florido ou num buraco negro? O que prevalece? Arte ou moda? Você é indivíduo ou cidadão? Busca liberdade ou felicidade? Você prefere contar ou discutir? O mais importante é falar de amor ou cooperar? Você logiciza o amor como na operação de acoplamento porca/parafuso? Você aceita ou não quem não é macho ou fêmea? Ser sério significa agir “a sério”? Brincadeira não é coisa séria? Quem sabe mais é feliz?... A mesma pergunta para quem tem posses, acumulando dinheiro e bens. Você quer sempre chegar antes ou se contenta em curtir cada passo? Atender às necessidades e aprimorar o espírito... O que é mais abrangente? Ao reclamar muito você aprofunda a insatisfação... Espiritualizar-se, tirando os pés do chão pode não ser uma boa. Você acredita que uma teoria pode ser o mais prático? Fora do sensível pode não haver salvação... Acredita nisso? Fora da imaginação e do sonho, a vida se bastaria? Dominar a gramática importa mais do que expressar o que se sente da forma como se consegue? Se você valoriza mais a família, isto é ser esquisito? Ao valorizá-la, comparo duas atitudes: a do mafioso que a protege dos próprios atos ilícitos e a dos gestos amorosos e proficientes no bem. Bem gerado como oportunidades de digno crescimento intelectual, físico, moral e espiritual, em clima interativo. Agir com moralidade e ética é tacanhice? Tantas perguntas e quantas outras? Você escolhe perguntas e respostas no caminho das consequências. (Para jovens que pensam que o mundo começou agora recomendo dois livros de Zuenir Ventura: “1968/O ano que não terminou” e “1968/O que fizemos de nós”, editora Planeta.)
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