28/02/2018

A CIÊNCIA AMIGA


 A Física moderna entra com dificuldade na cabeça das pessoas. Nem é o caso de se prender a detalhes, mas a princípios e suas aplicações. O avanço da Ciência e da Filosofia pode nos ajudar no cotidiano das relações com pessoas,  coisas e instituições. O clima social competitivo, as triangulações afetivas e seus problemas, o desejo de posse, de ter mais do que de ser. No caso das ciências, deixar o aprofundamento para especialistas acadêmicos. Há questões urgentes em muitas áreas do pensamento e da ação. Nossa vida tende a mudar, sobra para a intuição, algo raro na época da tecnologia digital. A Física atropelou, com sua visão sistêmica, ideias mecanicistas de um pensamento antigo que hoje ainda contabiliza o envenenamento que faz parte, cada vez mais, do nosso dia a dia. O raciocínio causal vale para coisas simples, o que você larga, cai... No mais complexo, fundimos a cuca buscando causas com porquês. O ponto de chegada tende a ser triste, erro de cálculo, pura clivagem do certo e do errado. Nem sempre o certo é certo, e o errado é errado. Perde-se o rumo, quando o mais importante são as relações sobre totalidades. Todo conhecimento é aproximativo. Na Ciência tínhamos o que se considerava verdade e certeza. Conclusões teóricas possuíam caráter doutrinário. Com a Física moderna e a Filosofia aprendemos que obstáculos são sempre provisórios, extremos não são o último limite. “Saltos quânticos” estão na mudança e suas leis – a sincronicidade, a transcendência. Aqui, se sente mais do que se sabe. Em oposição à razão temos a consciência que não aceita tergiversar, nem sofismas. Nenhuma instituição e disciplina escapa da influência  cartesiana e newtoniana. Aliás, foi Newton que deu realidade ao sonho de Descartes – a natureza como máquina perfeita. Dói a consequente separação entre mente e corpo; não ver o indivíduo como “organismo total”. Está no enunciado de Descartes: “Penso, logo existo”. E o corpo? Ao se retirar para a própria mente esquecemos como “pensar” com nossos corpos, de que modo usá-los como agentes do conhecimento. Fenômenos físicos, químicos e humanos estão aí, sob a égide de um  saber que subverte o pensamento,  nosso sentimento, nossa sensação e nossa intuição... Eis os pontos cardeais da bússola da psique. A Física lhes dá uma nova força. Fala-se tanto em armas... Um “ponto de bala” está aqui, subjetivo é verdade, mas que pode deflagrar grande mudança em nossa vida.



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