A Física
moderna entra com dificuldade na cabeça das pessoas. Nem é o caso de se prender
a detalhes, mas a princípios e suas aplicações. O avanço da Ciência e da Filosofia pode nos
ajudar no cotidiano das relações com pessoas, coisas e instituições. O clima social competitivo,
as triangulações afetivas e seus problemas, o desejo de posse, de ter mais do
que de ser. No caso das ciências, deixar o aprofundamento para especialistas acadêmicos.
Há questões urgentes em muitas áreas do pensamento e da ação. Nossa vida tende
a mudar, sobra para a intuição, algo raro na época da tecnologia digital. A Física
atropelou, com sua visão sistêmica, ideias mecanicistas de um pensamento antigo
que hoje ainda contabiliza o envenenamento que faz parte, cada vez mais, do
nosso dia a dia. O raciocínio causal vale para coisas simples, o que você larga,
cai... No mais complexo, fundimos a cuca buscando causas com porquês. O ponto
de chegada tende a ser triste, erro de cálculo, pura clivagem do certo e do errado.
Nem sempre o certo é certo, e o errado é errado. Perde-se o rumo, quando o mais
importante são as relações sobre totalidades. Todo conhecimento é aproximativo.
Na Ciência tínhamos o que se considerava verdade e certeza. Conclusões teóricas
possuíam caráter doutrinário. Com a Física moderna e a Filosofia aprendemos que
obstáculos são sempre provisórios, extremos não são o último limite. “Saltos
quânticos” estão na mudança e suas leis – a sincronicidade, a transcendência. Aqui,
se sente mais do que se sabe. Em oposição à razão temos a consciência que não
aceita tergiversar, nem sofismas. Nenhuma instituição e disciplina escapa da
influência cartesiana e newtoniana. Aliás,
foi Newton que deu realidade ao sonho de Descartes – a natureza como máquina
perfeita. Dói a consequente separação entre mente e corpo; não ver o indivíduo como
“organismo total”. Está no enunciado de Descartes: “Penso, logo existo”. E o
corpo? Ao se retirar para a própria mente esquecemos como “pensar” com nossos
corpos, de que modo usá-los como agentes do conhecimento. Fenômenos físicos,
químicos e humanos estão aí, sob a égide de um
saber que subverte o pensamento, nosso sentimento, nossa sensação e nossa intuição... Eis os pontos cardeais da bússola da psique. A Física lhes dá uma nova força.
Fala-se tanto em armas... Um “ponto de bala” está aqui, subjetivo é verdade, mas que
pode deflagrar grande mudança em nossa vida.
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