Fiz
postagens (tuítes) como numa conversa íntima em que a gente fala sobre as
próprias desculpas. Racionalizações em que procuramos estar de bem com nós
mesmos. Pensei em papéis que representamos em diversos momentos da vida. Desde
os familiares aos profissionais, a gente precisa ser responsável. Distinguir
atuação de representação parece adequado. Na atuação talvez um blefe menor do que
na representação. Representar é como nas dramatizações ficcionais. Atuar é você
conseguir uma identificação maior com o que faz. Se procedemos como
catalisadores grande pode ser a cobrança. Chegam a esperar proezas de nossa
parte. Mas não somos donos irrepreensíveis do papel desempenhado. Ir tomando
consciência do próprio esforço em agir e se aperfeiçoar, a principal motivação.
Aquilo que já disse nos tuítes: não somos “o craque”, nem gênios, nem Deus. E o
epíteto de guru, um dos piores (se boutade
tudo bem). Conheço alguns que não chegam a honrar o próprio papel de aconselhadores.
Põem-se de fora nas situações analisadas. Sei que se torna difícil distinguir
entre fatos e versões, fofocas e realidades. Comum a projeção com desculpas
para justificar até desejos incorretos ou não éticos.
“Quem
tem razão?”, nas discussões que muitas vezes não passam de jogos de poder.
Compartilhar experiências é outra coisa. Lembro o diálogo em que um cientista
agnóstico e religiosos de diferentes credos, Frei Betto e o ecumênico Waldemar
Falcão, trocam as próprias vivências. Um, por exemplo, fala da meditação
transcendental durante postura de recolhimento; outro, a pratica pescando; há
todo um ritual e o peixe é devolvido à água. O livro é “Conversa sobre a fé e a
ciência”, muito elucidativo. Li obras de Marcelo, eu com minhas anotações, às vezes, sem registro da fonte. De
acordo com a Física moderna, tudo na natureza flutua. Nada fica parado no mesmo
lugar. Esse comportamento paradoxal da matéria é conhecido como “princípio da
incerteza”. Concluo com o físico: “A morte deve nos inspirar, mas jamais nos
paralisar”. Marcelo vê ciência, fé e artes, irmanadas.
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