À medida que vou aprendendo sobre
espiritualidade vejo que ela, também, valoriza a matéria e a ciência. Nossa
ciência de causa e efeito e a física quântica, onde a incerteza é a tônica.
Religião, extrapolando os sentidos materiais. O mistério buscado pela ciência é
cada vez menos misterioso, graças à religião. Quando o materialismo se detém,
necessário um salto quântico. A espiritualidade revela um mundo novo de mãos e
pés tocando o antes inconcebível. Entre ambas, ciência e religião, há
tendências opostas, mas complementares.
Há uma individualidade, sem a qual não
se mantém um mínimo de ordem estratificada. Ordem do sistema em que vivemos e
que, de certa forma, nos nutre com suas estruturas formais. Agora, há um todo,
pelos materialistas ortodoxos visto como nada, que torna o sistema mais viável
ao longo do tempo. Exige-se um equilíbrio entre integração e autoafirmação.
Flexibilidade e abertura para a mudança no “todo maior”e no autoafirmativo
individual.
Falta maior disposição para mergulhar no
“como” dos fenômenos espirituais, o que exige pesquisa e estudo, e o olhar para
crer. Ficar buscando porquês, pela centração em resultados, pode comprometer a
bela tarefa, mais de natureza metafísica.
O lado “misterioso” recebe nomes como
Deus, Buda, Alá, Espírito... Acrescenta-se o “ismo” e surge a disciplina, o que
chega a ser propalado e ensinado. Gente que se aliena numa objetividade
fechada; quem não busca o real, no mais amplo sentido das ações, em que o
mensurável e o subjetivo se complementam; a não maior correspondência entre
pensamento, vontade e ação constituem verdadeiros tropeços.
Engrenagens de um sistema casuístico,
com seus dispositivos poderosos podem levar a erros fatais... Difícil
desenvolver a percepção de efeitos ainda não detectados, embora muito mais
desastrosos. Temos formas inimagináveis de entropia acrescidas à desintegração
grupal e social.
Daí a necessidade de maior percepção
face a anomalias do tipo: distribuição grosseiramente desigual de benefícios;
perda de energia e desperdício de recursos humanos e naturais; menor percepção
da dinâmica subjacente aos problemas, pela falta de uma intuição sistêmica.
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