“Ecos e
Sombras”, meu livro publicado em papel, da Garatuja Editora. Obra que penso pôr
em e-book. Ecos: escritores leem para escrever. Sombra: aqui vale talvez uma
reflexão. Não vê-la apenas como algo negativo. Ela pode evitar “dissociações
perigosas”. A gente se achar “senhor do mundo”, por exemplo. Ou se considerar a
mais infeliz das criaturas. Outra coisa é a importância dos sonhos. Neles,
espécie de praia preferida pelas sombras. É quando se pode receber ajuda na
compreensão de uma linguagem essencialmente simbólica. Símbolos concentram
energia. Na interação de imagens apreendemos sobre o que sugerem. São irritantes
e enganadoras quando, pelos seus artifícios, camuflam o que talvez turve sentimentos.
Linguagem por parábolas muitas vezes exige tempo, para na sua comparação com o
acontecido, oferecer alguma luz. Tirar da letra o espírito, como se diz, ou aguardando
na escalada de horas e dias. Sonhos são uma porta estreita, dissimulada,
naquilo que a alma tem de mais obscuro e íntimo. A consciência chega a
distinguir coisas isoladas, mas só percebe o que entra em relação mais direta
com o “eu”. Sombras também nos apoiam nas peripécias da vida.
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