30/07/2016

A VIDA É BELA

O que acontece quando por imposições externas somos tirados da própria rotina. Aquele metabolismo de atitudes, ações e do fazer diário? Pode ser um momento antes de acordar com o detestável som não programado do telefone próximo ao aconchegante travesseiro. Uma coisa é quando nos preparamos para acordar de forma combinada com o relógio. Outra é a invasão atabalhoada desse frio objeto eletrônico. Um corte no esperar, do ritmo ameno de quem não quer ou não precisa continuar no mundo das imagens, atos, ideias, etc. Clima em que prevalece o involuntário circunstancial, embora repleto de sentidos simbólicos. Todos, de forma clara ou implícita, queremos ser donos do próprio ritmo de pensar e agir. O que é necessário no espaço-tempo namora com o momento e a intenção. Bom quando as coisas a serem feitas não se atrasam e correspondem a boas expectativas. Nem tudo serve ao bem comum no sistema caótico e doentio em que vivemos. Ver as coisas com olhos e corações abertos, fora das quatro dimensões imaginadas não é fácil de ocorrer. Sabe-se que existe algo ao invés de nada. Em outras palavras, por que o mundo e a vida são assim? Entre ciência e espiritualidade há profundezas a nos desafiar? De um lado o “ovo cósmico”, do outro, as leis da física. A física evoluiu, desde a sua origem até a chegada da mecânica quântica e da teoria da relatividade. Da Grécia antiga às primeiras décadas do século XX. A espiritualidade tem um papel importante no processo criativo de vários cientistas. A gente se fechar à busca do que não faz parte da rotina cotidiana cognitiva é como dar um tiro no próprio pé. Seja o chato instrumento eletrônico que chega a implodir nossos sentidos; seja a interferência de qualquer elemento contraditório a atrapalhar o fluir do rio cotidiano, o processo da autodescoberta, ainda que, por vezes, dolorido, trata-se de algo “pró-cura”. A luz e a dor salvarão o mundo, já foi dito num momento iluminado. A vida é bela, como dizia meu irmão.    

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