Num mundo de conflitos, por vezes
banais ou sérios demais, nasce novo ser humano. Na busca de um sentido para a
vida eu diria que pode tratar-se de missionário a contribuir com o próprio
acervo, adquirido ao longo das muitas existências. Aprendo que não nos iludimos
ao pensar assim. Importaria se o fato é atribuído a uma religião, ideologia,
moral ou instinto? Há quem acredita em céu e inferno, como espaços delimitados,
algo corrente na Idade Média.
Não vivemos povoados de anjos e
demônios, de visões luminosas do paraíso e aparições tenebrosas do inferno.
Tudo isso pode ocorrer, mas em outras proporções.
Nascer por acaso deve acontecer, embora
não comumente. Acaso? Impulso? Quem sabe?
Também não acredito em destinos
inalteráveis. Carma ou missão?
Dá para sentir que o mundo
(terra, mar e ar) atinge limites para uma reviravolta essencial. Quantos espíritos
inovadores não estão chegando? Sempre que se atinge um extremo entra-se em
outro. Taoísmo? Utopia? Metafísica? Espiritualismo? Física e metafísica dando
as mãos; o mesmo entre religião e ciência. Negar o mistério é crer em algo que
vai além do que traduz o suposto mistério. Pecado é se acomodar no
circunstancialismo racional cotidiano. O que gera desinteresse, perda de esperança
ou depressão são atitudes e comportamentos muito cristalizados. A vida flui na
integração de opostos; polos, na relação abrangente/agente. Paradigma e
comportamento no acontecer cotidiano. Esta relação (abrangente/agente) sofre
inversões. Não é por que ocorrem mudanças posicionais entre o universal e o
particular que se dispense a necessidade de fazer opções. Na ordem espaço/temporal,
a responsabilidade pela escolha de um valor nutriente espiritual cabe a nós. A
natureza protegida, pode transformar-se em problema. Se o paradigma é preservar
árvores e plantas, isso não significa que o frondoso no próprio quintal não represente
ameaça aos alicerces da casa. O erro foi tê-lo aí.
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