15/02/2014

QUEM NASCE Homenagem a FG, hoje entre nós



Num mundo de conflitos, por vezes banais ou sérios demais, nasce novo ser humano. Na busca de um sentido para a vida eu diria que pode tratar-se de missionário a contribuir com o próprio acervo, adquirido ao longo das muitas existências. Aprendo que não nos iludimos ao pensar assim. Importaria se o fato é atribuído a uma religião, ideologia, moral ou instinto? Há quem acredita em céu e inferno, como espaços delimitados, algo corrente na Idade Média.
Não vivemos povoados de anjos e demônios, de visões luminosas do paraíso e aparições tenebrosas do inferno. Tudo isso pode ocorrer, mas em outras proporções.
Nascer por acaso deve acontecer, embora não comumente. Acaso? Impulso? Quem sabe?
Também não acredito em destinos inalteráveis. Carma ou missão?
Dá para sentir que o mundo (terra, mar e ar) atinge limites para uma reviravolta essencial. Quantos espíritos inovadores não estão chegando? Sempre que se atinge um extremo entra-se em outro. Taoísmo? Utopia? Metafísica? Espiritualismo? Física e metafísica dando as mãos; o mesmo entre religião e ciência. Negar o mistério é crer em algo que vai além do que traduz o suposto mistério. Pecado é se acomodar no circunstancialismo racional cotidiano. O que gera desinteresse, perda de esperança ou depressão são atitudes e comportamentos muito cristalizados. A vida flui na integração de opostos; polos, na relação abrangente/agente. Paradigma e comportamento no acontecer cotidiano. Esta relação (abrangente/agente) sofre inversões. Não é por que ocorrem mudanças posicionais entre o universal e o particular que se dispense a necessidade de fazer opções. Na ordem espaço/temporal, a responsabilidade pela escolha de um valor nutriente espiritual cabe a nós. A natureza protegida, pode transformar-se em problema. Se o paradigma é preservar árvores e plantas, isso não significa que o frondoso no próprio quintal não represente ameaça aos alicerces da casa. O erro foi tê-lo aí. 

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